O jornal norte-americano The Washington Post publicou no sábado (25.out.2025) um editorial em defesa das obras promovidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), na Casa Branca. Trata-se da construção de um salão de festas na ala leste do prédio ao custo de US$ 200 milhões.
Segundo o editorial, outros presidentes, como Barack Obama (Partido Democrata), também fizeram modificações na Casa Branca. Diz também que, apesar de Trump concretizar uma “ideia razoável da forma mais chocante possível” –sem submeter o projeto às comissões oficiais– a obra resolve problemas práticos enfrentados por administrações anteriores.
“A sala de jantar acomoda 140. A sala na ala leste acomoda cerca de 200. Trump diz que o salão de festas no centro de sua expansão de 8.361 m² vai acomodar 999 convidados. O próximo presidente democrata ficará feliz em tê-lo”, afirma o editorial.
O Washington Post diz que o projeto de expansão da Casa Branca dificilmente teria saído do papel se Trump tivesse submetido o projeto à NCPC (Comissão Nacional de Planejamento da Capital), que avalia alterações em propriedades federais na região.
Para o jornal, apesar de haver um conflito de interesses em relação às empresas que estão pagando pelas obras (a lista inclui a Amazon, cujo dono, Jeff Bezos, é também o dono do Washington Post), alguns incidentes “justificam” a “abordagem agressiva” de Trump.
Citou como exemplo o episódio ocorrido em 29 de setembro de 2014 em que um homem pulou a cerca e invadiu o gramado da sede do Executivo norte-americano. As obras de renovação da cerca só começaram em 8 de julho de 2019.
Por fim, o jornal de Bezos defende que a Casa Branca não pode ser um “museu do passado” e que “precisa evoluir para manter sua grandeza”. Chama a iniciativa de Trump de um tiro de advertência aos “NIMBYs” –sigla em inglês para Not In My Back Yard ou não no meu quintal.
O termo é usado para descrever pessoas ou grupos que apoiam determinadas iniciativas ou projetos, mas são contra implementá-los perto de onde vivem ou trabalham.
Essa resistência geralmente está ligada a preocupações com impactos negativos locais, como aumento do trânsito, poluição, ruído ou alteração da paisagem urbana, mesmo quando o projeto é considerado benéfico para a sociedade como um todo.
Nos Estados Unidos, o conceito de NIMBY é frequentemente aplicado em contextos de urbanismo, infraestrutura e grandes construções, incluindo hospitais, rodovias, prédios comerciais ou reformas em prédios históricos.
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