Rubio: Trump se reunirá com Lula e quer distanciar o Brasil da China
Os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil estão em Kuala Lumpur, na Malásia, e devem se encontrar em meio à cúpula da Asean
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o presidente vai se encontrar com o presidente , e quer afastar o Brasil da China. A declaração foi dada no voo a caminho de Kuala Lumpur (Malásia), onde os dois participarão como convidados especiais (Asean).
“Bem, nós vamos nos reunir com eles. O presidente vai se encontrar com Lula — ele vai interagir com ele, acredito que na Coreia do Sul, se não me engano, ou talvez na Malásia. Mas ele vai ter essa interação nos próximos dias. Eles tiveram uma ligação muito positiva há alguns dias. Eu me reuni com o ministro das Relações Exteriores há cerca de uma semana”, disse .
Não está claro se a incerteza sobre o encontro ocorrer na Coreia do Sul ou na foi uma confusão do secretário de Estado. Rubio ainda indicou que os Estados Unidos pretendem convencer Lula de que uma boa relação com Washington deveria ser prioritária com relação a Pequim. A se tornou a maior parceira comercial do Brasil há 15 anos.
Leia também
“O Brasil é um país grande e importante. Achamos que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil nos ter como parceiro preferencial de comércio em vez da China — por causa da geografia, da cultura e de um alinhamento em diversos aspectos”, disse Rubio. Os estadunidenses travam uma ferrenha contra os chineses.
Apesar de confirmar o encontro entre Trump e Lula, Rubio afirmou que imposto pela Casa Branca a produtos brasileiros não será resolvido de imediato. Ao anunciar a taxação de 50% sobre Brasil, a Casa Branca citou como motivos o que considera uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também a tentativa de regulação das redes sociais.
“Temos algumas questões com o Brasil, especialmente sobre como têm tratado alguns de seus juízes e como vêm tratando o setor digital nos Estados Unidos — pessoas localizadas nos por meio de postagens em redes sociais. Teremos que lidar com isso também. Isso acabou se entrelaçando a tudo isso. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de superar essas questões, porque acreditamos que seria benéfico fazê-lo. Vai levar algum tempo”, completou Rubio.
Ajuda do Brasil sobre Venezuela
O secretário de Estado também foi questionado se Lula poderia desempenhar um papel de intermediário na recente crise com a Venezuela. Os EUA deslocaram navios e tropas para o país rival, sob pretexto de combate aos narcotraficantes no país. Historicamente, o petista teve boa relação com o ditador Nicolás Maduro, mas essa relação se estremeceu quando o brasileiro não reconheceu o resultado das últimas eleições venezuelanas.
“Bem, nem mesmo Lula reconhece Maduro como o vencedor da eleição ou como o líder legítimo da Venezuela. Então, não sei se eles podem ser úteis ou não. Mas quero — é interessante. Nós implantamos ativos e interesses dos Estados Unidos em todo o planeta, mas quando fazemos isso em nosso próprio hemisfério, que logicamente é onde provavelmente deveríamos dedicar mais tempo e energia, porque é o hemisfério em que vivemos, todo mundo meio que surta”, disse Rubio.
Por: Metrópoles





