A fila do INSS mais do que dobrou desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu zerá-la. Ao assumir o 3º mandato, em 1º de janeiro de 2023, o presidente discursou no Congresso Nacional e disse: “Estejam certos de que vamos acabar, mais uma vez, com a vergonhosa fila do INSS, outra injustiça restabelecida nestes tempos de destruição”.
Naquela ocasião, os pedidos de aposentadorias e pensões represados somavam 1,23 milhão. Em agosto de 2025, último dado disponível no Portal da Transparência do Ministério da Previdência Social, o número chegou a 2,3 milhões, uma alta de 114%.
Em um ano, de agosto de 2024 a agosto de 2025, o represamento aumentou 135%, passando de 1,12 milhão para 2,63 milhões. O pico de Lula foi em março deste ano, quando o número de requerimentos pendentes chegou a 2,7 milhões.
O atual cenário supera o recorde do governo de Jair Bolsonaro (PL), de 2 milhões em janeiro de 2020.
No 1º semestre de 2024, a fila chegou a recuar 12,4%, mas voltou a crescer em julho do ano passado e não parou mais. No período, houve uma greve dos funcionários do INSS, que só terminou em 6 de novembro de 2024. Essa greve havia começado em 16 de julho de 2024 e durou 114 dias.
Contudo, mesmo sem paralisação, a fila do INSS nunca mais andou com a agilidade prometida pelo governo Lula. Pelo contrário, o tempo bruto de concessão dos benefícios, que havia recuado de 69 dias para 34 antes da greve, voltou a subir.
Em março de 2025, no pico de Lula, o tempo médio bruto voltou a subir, atingindo 64 dias em março de 2025. Depois disso, houve uma queda, porém, insuficiente para dar vazão aos requerimentos represados. Em agosto, o tempo médio bruto de concessão estava em 49 dias.