Venezuela realiza exercícios militares após ameaças dos EUA. Vídeo
Ação é resposta a uma “grande ameaça militar” na região do Caribe, onde os EUA intensificaram a presença, segundo ministro da Defesa
Em meio à tensão com os Estados Unidos, a deu início nesta quinta-feira (23/10) a uma série de exercícios militares na região costeira do país. A operação, chamada “Coast Independence 200”, tem como objetivo reforçar a defesa da soberania nacional e garantir a estabilidade interna do país, segundo o governo de Nicolás Maduro.
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As manobras envolvem forças militares em oito estados costeiros, de leste a oeste do país. São eles: La Guaira, Miranda, Anzoátegui, Falcón, Nueva Esparta, Carabobo, Sucre e Zulia. O comando das ações está sob a supervisão do ministro da Defesa e vice-presidente de Defesa e Soberania, Vladimir Padrino López.
Durante a mobilização, Padrino fez um alerta sobre o que classificou como
“Sabemos que a CIA está presente na Venezuela. Podem enviar quantas unidades quiserem, de onde quiserem. Qualquer operação vai fracassar”, declarou o ministro.
Ele afirmou que os exercícios são também uma resposta a uma “grande ameaça militar” na região do Caribe, onde os Estados Unidos intensificaram presença. No último dia 15 de outubro,
Segundo o The New York Times, essas ações podem incluir “operações letais” e outras atividades da inteligência norte-americana, tanto de forma isolada, quanto integradas a missões militares mais amplas no Caribe.
Nessa quarta-feira (22/10), anunciou que o país posicionou mais de cinco mil mísseis de defesa aérea Igla-S, de fabricação russa, em pontos estratégicos. O presidente afirmou que o movimento visa “proteger a paz e a estabilidade nacional”.
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Presença militar dos EUA no Caribe
Desde agosto, o vem intensificando operações navais no Caribe, sob a justificativa de combater o tráfico internacional de drogas. A mobilização inclui navios de guerra e caças F-35.
De acordo com Washington, nove ataques já foram realizados contra embarcações suspeitas, a maioria próxima à costa venezuelana. Nesta semana, dois alvos também foram atingidos no Oceano Pacífico.
As ações elevaram a tensão diplomática na região. Tanto Maduro, na Venezuela, quanto Gustavo Petro, na Colômbia, afirmam que a escalada militar é parte de uma tentativa dos Estados Unidos de intervir politicamente em seus países, ambos governados por líderes de esquerda.
O governo norte-americano mantém o discurso de combate ao narcotráfico e continua classificando grupos criminosos que operam na região como organizações terroristas.
Por: Metrópoles





