Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira (24) sanções ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusando-o de se recusar a interromper o fluxo de cocaína para os EUA, ampliando a pressão sobre o líder latino-americano que entrou em conflito com o presidente Donald Trump.
"Desde que o presidente Gustavo Petro chegou ao poder, a produção de cocaína na Colômbia explodiu para a maior taxa em décadas, inundando os Estados Unidos e envenenando os norte-americanos", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado.
"O presidente Petro permitiu que os cartéis de drogas florescessem e se recusou a interromper essa atividade. Hoje, o presidente Trump está tomando medidas enérgicas para proteger nossa nação e deixar claro que não toleraremos o tráfico de medicamentos em nosso país."
Petro, em uma postagem na rede social X, disse que tem combatido o tráfico de drogas por décadas.
"Lutar contra o tráfico de drogas por décadas, e de forma eficaz, me trouxe essa medida do governo da mesma sociedade que tanto ajudamos a interromper o consumo de cocaína deles", afirmou.
"Um paradoxo completo, mas nem um passo atrás, e nunca de joelhos".
A ação dos EUA acrescenta Petro a uma lista de líderes mundiais sob sanções dos EUA, ao lado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do presidente russo, Vladimir Putin, entre outros.
A esposa e o filho de Petro e Armando Benedetti, ministro do Interior da Colômbia, também foram atingidos por sanções nesta sexta-feira sob a autoridade que permite que Washington atinja aqueles que acusa de estarem envolvidos no comércio global de drogas ilícitas.
No último fim de semana, Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre a Colômbia e disse na quarta-feira que todos os financiamentos para o país haviam sido suspensos.
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