Eixos de atuação
O planejamento da PF diante dos desafios de segurança e logística para a COP 30, concentram-se em três eixos: 1. diplomacia e recorde de delegações: a complexidade da agenda climática e a expectativa de um número recorde de delegações com visões antagônicas exigem um esquema de segurança adaptado e especial para autoridades e uma articulação geopolítica intensa. 2. logística reforçada: abrange o reforço na imigração, na fiscalização de portos (como o de Outeiro, que receberá navios de cruzeiro) e a segurança aeroportuária, incluindo a atuação na Base Aérea de Belém, por onde as autoridades de diversos países chegarão ao território brasileiro; 3. liberdade de manifestação: a conferência de Belém será um palco central para a livre manifestação de povos originários e movimentos sociais. A Polícia Federal atuará para proteger os participantes, estabelecer perímetros e garantir uma "convivência harmônica" entre os segmentos sociais, sem prejudicar o funcionamento regular da cidade.Efetivo policial
Para enfrentar a complexidade do evento, a Polícia Federal já recrutou aproximadamente 1,2 mil servidores, entre policiais e administrativos. O esquema de segurança também inclui o emprego de equipes dedicadas no aeroporto e no Porto de Outeiro, com atividades diárias, além de capacidades investigativas para prevenção de crimes cibernéticos e de terrorismo.A estrutura envolve, ainda, varreduras e contramedidas anti-bombas.Livre debate
No evento de visibilidade internacional, a instituição policial explica que a conferência – realizada pela primeira vez na Amazônia brasileira – virá após edições realizadas em países com maiores restrições às liberdades civis.Os cidades-sede das últimas Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) foram: · em 2024, Baku, no Azerbaijão, sediou a COP29; · em 2023, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sediou a COP28; · em 2022, Sharm el-Sheikh, no Egito, sediou a COP27; · em 2021, Glasgow, na Escócia, sediou a COP26.
“A PF destaca o Brasil se consolida como o principal palco dos últimos cinco anos para a livre manifestação de povos originários”, diz a nota da entidade.
Aldeia COP
De olho na importância da presença e do saber dos povos tradicionais nas negociações climáticas, o governo brasileiro também organizou uma "Aldeia COP" para receber povos indígenas do Brasil e de todo o mundo durante a COP30. A área total de 72.695 m², com área construída de 14.903,81 m², foi montada na Universidade Federal do Pará. Desde setembro, o espaço é destinado ao acampamento e à realização de atividades culturais, políticas e espirituais. A estimativa é de que 3 mil indígenas fiquem hospedados no local, durante a realização do evento internacional. A Aldeia COP é coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa). Relacionadas
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