• Sábado, 25 de outubro de 2025

Petrobras pede correção em valor de compensação na Foz do Amazonas

Estatal afirma haver erro de cálculo na licença emitida para perfuração de poço na Margem Equatorial do Brasil.

A Petrobras pediu ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que corrija o valor da compensação ambiental estabelecida na licença que autoriza a perfuração de um poço de pesquisa de petróleo na Margem Equatorial do Brasil, na costa do Amapá.

Segundo a estatal, houve um erro no cálculo feito pelo órgão ambiental. Pela legislação em vigor, o valor da compensação deveria ser de R$ 3,9 milhões –e não R$ 39 milhões, como consta no documento emitido. 

A compensação ambiental é uma obrigação legal imposta a empreendimentos que causam impacto ambiental. 

O valor é calculado como um percentual sobre o investimento total do projeto, que varia de acordo com o grau de impacto da atividade. No caso da perfuração na Foz do Amazonas, o Ibama aplicou a taxa de 0,5% sobre o investimento informado pela Petrobras.

A divergência está no valor de referência usado para o cálculo. A Petrobras afirma que o investimento total é de R$ 793,2 milhões, o que resultaria em uma compensação de R$ 3,96 milhões

Independentemente do valor, cabe ao Ibama definir a destinação dos recursos –normalmente aplicados em unidades de conservação ambiental.

A Petrobras também solicitou que o Ibama retifique a licença de operação emitida em 20 de outubro, que atualmente autoriza a perfuração de um poço, chamado Morpho, no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial.

No pedido, a empresa solicita a inclusão de 3 poços contingentes (Marolo, Maracujá e Manga) no mesmo processo de licenciamento. Segundo a estatal, essas perfurações já estavam previstas desde o início do processo e só dependem dos resultados obtidos com o primeiro poço.

“Os 3 poços contingentes estavam previstos desde o início do licenciamento e foram mantidos quando da assunção da operação pela Petrobras”, afirma a empresa em carta enviada ao Ibama.

O cronograma apresentado pela estatal prevê que a perfuração do poço Morpho ocorra antes da definição sobre os demais.

O pedido de inclusão dos 3 novos poços é independente de outros processos de licenciamento ambiental em andamento no Ibama. A Petrobras ainda busca autorização para perfurar mais 5 blocos: FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127.

Por: Poder360

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