Após o governo dos Estados Unidos criticar a condenação do ex-presidente Álvaro Uribe, o atual mandatário da Colômbia, denunciou um suposto ataque contra o sistema judicial do país.
Ataques dos EUA
No início de junho, Trump anunciou a tarifa de 50% contra o Brasil, e alegou que a medida tinha ligação com a atuação da Justiça brasileira.
Já na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro voltou a ser acusado pelos EUA de chefiar um cartel de drogas. Em declarações oficiais, o governo norte-americano disse que o regime chavista não vai durar para sempre.
Depois da avanço do julgamento de Álvaro Uribe, o governo dos EUA saiu em defesa do ex-presidente da Colômbia, e alegou que o mesmo é inocente. Ele é julgado por corrupção passiva e fraude eleitoral.
O recente episódio se somou a outros posicionamentos e decisões da administração Donald Trump, que voltou os olhos recentemente para países da América Latina comandado por governos de esquerda.

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1 de 6 Lula e Trump Arte/Metrópoles
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2 de 6 Gustavo Petro Sebastian Barros/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images
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3 de 6 Arte/Metrópoles
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4 de 6 Trump, Bolsonaro e Lula Arte Metrópoles
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5 de 6 Spencer Platt/Getty Images
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6 de 6 Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022 Vinícius Schmidt/Metrópoles
Julgamento de ex-presidente na Colômbia
O governo dos EUA não reagiu bem ao avanço do processo judicial contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que comandou a Colômbia entre 2002 e 2010. .
Segundo a Justiça da Uribe subornou paramilitares para que eles mudassem depoimentos em casos que o ligam a grupos armados, criados na década de 1980 para combater guerrilhas de esquerda no EUA lança “ataques” contra governos de esquerda na América Latina.
Logo após a decisão se tornar pública, o chefe da diplomacia do governo saiu em defesa do ex-presidente colombiano. Em um comunicado, disse que o único crime cometido por Uribe foi “lutar e defender incansavelmente sua pátria”. Na declaração, a autoridade norte-americana ainda apontou uma possível “instrumentalização do judiciário” da Colômbia, sem apontar provas.
O posicionamento, com peso diplomático, foi visto pelo pelo atual presidente da Colômbia como uma tentativa de “interferência na soberania nacional” do país.
Em janeiro, EUA e Colômbia já haviam vivido problemas durante a ofensiva de Trump contra imigrantes ilegais no país. Na época, o presidente norte-americano impôs uma taxa de 25% sobre produtos colombianos, após o governo da Colômbia se recusar a aceitar deportações de seus cidadãos algemados e acorrentados em voos militares.
Petro chegou a reagir, e . Mas depois decidiu negociar, e aceitou os termos norte-americanos. Com isso, a taxa contra os produtos colombianos baixou para a menor delas anunciada durante o .
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Caso brasileiro
Desde o início de junho, o Brasil enfrenta a possibilidade de ter suas a menos que um acordo aconteça nos próximos dias.
No caso brasileiro, analistas políticos são unânimes ao dizer que a tarifa de Trump possui um plano de fundo único.
“A situação do Brasil é muito particular, única no mundo inteiro, uma vez que imbui assuntos internos e políticos do país, que os Estados Unidos tentam buscam uma ingerência, na visão do governo brasileiro. É bastante particular. Obviamente, isso é fruto de uma grande pressão que vem do deputado federal Eduardo Bolsonaro, mas também de pressões de big techs norte-americanas, que enxergam no Judiciário brasileiro um grande risco reputacional”, explica o cientista político e analista de política internacional Vito Villar.
A relação entre a exorbitante tarifa contra os produtos brasileiros, e as decisões do Judiciário brasileiro, não é um segredo.
No documento, Trump voltou a sair em defesa Jair Bolsonaro, apontado como o líder de uma organização criminosa que tentou realizar um golpe de Estado no Brasil em 2022.
Além de cobrar que o julgamento do ex-presidente seja suspenso pelo o líder norte-americano também afirmou que a taxa era consequência de ordens da Justiça brasileira que atingiram plataformas de mídia social dos EUA — como a série de ordens emitidas pelo ministro que chegou até mesmo a bloquear a rede social X no Brasil após o descumprimento de medidas.
Até o momento, o governo brasileiro não deu sinais de que pode aceitar a interferência de Trump no Judiciário brasileiro, e busca diálogo a nível diplomático e comercial com os EUA
Negociações estas que são criticadas por parlamentares brasileiros ligados ao ex-presidente, como o deputado federal licenciado Desde fevereiro, o filho de Bolsonaro está nos EUA em busca de retaliações contra autoridades brasileiras.
Apesar do possível impacto negativo na economia brasileira, o parlamentar acredita que Trump só recuará caso o governo brasileiro aceite a interferência norte-americana no Judiciário do país, que beneficiaria diretamente seu pai.
Ataques após acordos com Maduro
o atual momento é de pressão contra o governo de classificado por Washington como “chefe de cartel”.
O governo do herdeiro político de Hugo Chávez não é reconhecido pelos EUA antes mesmo do segundo mandato de Trump, após a falta de transparência nas últimas eleições do país. Por isso, Marco Rubio emitiu um comunicado nesta semana, onde afirmou que Maduro não é o presidente legítimo do país.
Em outra declaração oficial, . As manifestações públicas, após meses de relativa tranquilidade entre Washington e Caracas, aconteceram depois da líder da oposição venezuelana, .
As declarações contra Maduro também coincidem com novos acordos firmados entre EUA e Venezuela, e o revezamento entre ataques e acenos positivos ao governo chavista. Entre eles e o sinal verde para a Chevron voltar a operar o petróleo produzido no país caribenho.