O governo dos Estados Unidos prendeu em 17 de julho o empresário haitiano Reginald Boulos, 69 anos, acusado de apoiar gangues do Haiti. O Departamento de Estado afirmou que a presença ou as atividades de Boulos no país teriam “potenciais consequências graves e adversas” para a política externa.
Segundo as autoridades norte-americanas, o haitiano se envolveu em uma “campanha de violência e apoio a gangues que contribuíram para a desestabilização do Haiti”.
O Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA disse que Reginald Boulos não havia divulgado em seu pedido para se tornar um residente permanente do país que estava sendo investigado pela Unidade de Combate à Corrupção do Haiti e que havia ajudado a fundar o partido político Mouvement pour la Transformation et la Valorisation d’Haiti. A Justiça do país caribenho apura o uso indevido de empréstimos.
“Os EUA não permitirão que indivíduos desfrutem dos benefícios de status legal em nosso país enquanto estiverem facilitando as ações de organizações violentas ou apoiando organizações terroristas criminosas no exterior”, declarou o governo norte-americano.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA ainda escreveu em seu perfil no X (ex-Twitter) que Reginald Boulos “pode reservar uma passagem para casa”.
Reginald Boulos nasceu nos EUA e é residente permanente legal no país norte-americano. Mora na Flórida. Ele renunciou à cidadania norte-americana para cumprir os requisitos constitucionais do Haiti para candidatos presidenciais.
