SLC Agrícola monetiza duas fazendas – capta R$ 1 bilhão – para ampliar em mais de 230% sua área irrigada
A SLC Agrícola, maior produtora de grãos do Brasil, aposta em modelo inovador com fundos do BTG e apoio de investidor canadense para ampliar em mais de 230% sua área irrigada. Empresa evita novas dívidas e reforça foco em produtividade e sustentabilidade
A SLC Agrícola, maior produtora de grãos do Brasil, aposta em modelo inovador com fundos do BTG e apoio de investidor canadense para ampliar em mais de 230% sua área irrigada. Empresa evita novas dívidas e reforça foco em produtividade e sustentabilidade A SLC Agrícola deu mais um passo estratégico em sua trajetória de expansão sustentável e foco em produtividade. Conhecida como um dos maiores players do agronegócio brasileiro, com 830 mil hectares de terras cultivadas, a empresa monetizou duas de suas fazendas e firmou acordo de R$ 1 bilhão com fundos geridos pelo BTG Pactual, em uma operação que visa aumentar em 232% sua área irrigada nos próximos cinco anos. A operação foi estruturada por meio de joint ventures (SPEs – sociedades de propósito específico), nas quais a SLC mantém 50,01% de participação, enquanto os fundos de investimento em participação (FIPs), apoiados por um dos maiores fundos de pensão do Canadá — o PSP Investments — detêm os 49,99% restantes.
Essas sociedades vão adquirir 21.471 hectares agricultáveis da Fazenda Paladino, localizada em São Desidério (BA), e infraestruturas agrícolas da Fazenda Piratini, em Jaborandi (BA). O valor da compra da terra foi fixado em R$ 723 milhões, pagos em duas parcelas, além da aquisição da infraestrutura por R$ 113 milhões. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O diferencial é que as SPEs arrendarão as áreas de volta à SLC Agrícola, que seguirá operando as terras por 18 anos, mediante contrato de parceria rural, no qual 19% da produção agrícola das áreas irrigadas será destinada como pagamento. Modelo asset light e mitigação de riscos Segundo o CEO Aurélio Pavinato, a decisão de não contrair dívidas neste momento de juros ainda elevados no país é estratégica. “Dívida até certo ponto é saudável, mas o excesso pode estrangular o caixa da empresa. Com esse modelo, conseguimos crescer mantendo nossa alavancagem controlada”, afirmou. A dívida líquida ajustada da SLC ao final de setembro era de R$ 6,2 bilhões, e a empresa busca mantê-la próxima de 2x o EBITDA ajustado, abaixo do índice de 2,34x registrado no terceiro trimestre. Além disso, a monetização das terras gerou entrada imediata de R$ 700 milhões em caixa, fortalecendo a posição financeira da companhia e garantindo recursos para executar seu ambicioso plano de irrigação. Foto: SLC AgrícolaMeta: dobrar a produtividade com irrigação Com o capital injetado pelas SPEs, a SLC pretende acelerar o desenvolvimento de infraestrutura de irrigação nas duas propriedades baianas. A Fazenda Paladino deverá receber 14,73 mil hectares irrigados, enquanto a Fazenda Piratini adicionará 6,3 mil hectares irrigados até 2026.
A meta é atingir 53 mil hectares irrigados até 2030, saindo dos atuais 16 mil — uma expansão de 231%. A irrigação permitirá o cultivo de duas safras por ano (soja e algodão), além de reduzir riscos climáticos e aumentar o retorno por hectare em até R$ 7 mil/safra. Um exemplo já testado pela empresa foi na Fazenda Paysandu (BA), onde o algodão irrigado produziu 360 arrobas/hectare, contra 120 arrobas/hectare no sequeiro. Já a soja alcançou 73,6 sacas/hectare nas áreas irrigadas, mais que o dobro da produtividade em áreas não irrigadas. Perfil do investidor estrangeiro O parceiro da operação é o Public Sector Pension Investment Board (PSP Investments), fundo canadense com mais de US$ 212 bilhões em ativos sob gestão. O PSP investe globalmente em ativos reais como terras agrícolas, infraestrutura e recursos naturais, com foco em sustentabilidade e segurança alimentar. O BTG Pactual, por sua vez, será o administrador dos fundos brasileiros envolvidos na operação.
Resultados financeiros e cenário Apesar da robustez do plano estratégico, a SLC reportou prejuízo de R$ 14,5 milhões no 3º trimestre de 2025, o que é considerado sazonal para o período. No acumulado do ano, no entanto, a companhia registrou lucro líquido de R$ 636 milhões, alta de 19,3% frente a 2024. Com essa operação inovadora, a SLC reforça seu título de “Rei do Agro”, combinando tecnologia, capital estrangeiro e gestão eficiente para transformar o cenário produtivo da agricultura brasileira — sem abrir mão da sustentabilidade financeira e ambiental.
Por: Redação
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