• Sexta-feira, 7 de novembro de 2025

OMM emite alerta: calor extremo de 2025 já marca época na história climática

Temperaturas recordes, estiagens e chuvas extremas pressionam lavouras e rebanhos, evidenciando os desafios do produtor diante das mudanças climáticas

Temperaturas recordes, estiagens e chuvas extremas pressionam lavouras e rebanhos, evidenciando os desafios do produtor diante das mudanças climáticas O ano de 2025 caminha para ser um dos mais quentes da história, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Entre janeiro e agosto, a temperatura média global ficou 1,42 °C acima dos níveis pré-industriais, o que coloca este ano entre o segundo e o terceiro mais quente já registrado. E o recado é claro: o clima está mudando rápido demais — e o campo sente primeiro. Nos últimos onze anos, todos os registros de calor foram superados, marcando uma sequência sem precedentes. O aumento é consequência direta da alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, que segue batendo recordes. O dióxido de carbono (CO₂), por exemplo, saltou de 278 ppm em 1750 para 423,9 ppm em 2024 — o maior avanço já visto em apenas um ano.
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    O reflexo disso aparece nas lavouras e no bolso do produtor. Períodos mais longos de estiagem, ondas de calor fora de época e chuvas concentradas em poucos dias têm mudado o calendário agrícola e aumentado o custo de produção. A fertilidade do solo cai, o consumo de energia e água cresce, e a pressão sobre os rebanhos aumenta. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Os oceanos também estão aquecendo, absorvendo mais de 90% do excesso de calor retido pelo efeito estufa. Isso intensifica tempestades e altera os padrões de chuva, afetando diretamente regiões produtoras. Entre 2016 e 2025, o nível médio do mar dobrou o ritmo de elevação, alcançando 4,1 milímetros por ano, o que ameaça áreas litorâneas e portos agrícolas. No Ártico e na Antártida, a perda de gelo segue acelerada, e todos os sistemas glaciais monitorados tiveram redução de massa pelo terceiro ano seguido. Essa mudança nos polos interfere nas correntes marítimas e no regime de ventos, influenciando o clima até nas regiões produtoras do Brasil. E 2025 não tem dado trégua: enchentes, incêndios, ciclones e ondas de calor já causaram prejuízos em várias partes do mundo. A mensagem da OMM é direta — o aquecimento global não é mais previsão, é realidade. E, para quem vive da terra, adaptar-se ao novo clima será questão de sobrevivência e produtividade. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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