• Quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Oposição "já esperava" condenação, diz Zucco

Deputado afirmou que irá trabalhar "com tranquilidade mas com firmeza" por anistia irrestrita.

O deputado Coronel Zucco (PL-RS) afirmou que a oposição “já esperava” a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O congressista conversou com jornalistas nesta 5ª feira (11.set.2025) enquanto a ministra Cármen Lucia finalizava seu voto.

Cármen defendeu a condenação do ex-presidente e dos outros 7 réus apontados como integrantes do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado por todos os crimes apontados na denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República). Seu voto formou maioria de 3 a 1 na Corte para a condenação do ex-chefe do Executivo e seus aliados.

“Não é nada de novidade. Nós já esperávamos”, disse Zucco. “Isso só nos fortalece. Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade mas com firmeza em reuniões presentes com os líderes. A oposição vai trabalhar por uma anistia ampla, geral e irrestrita”.

Ainda em conversa com jornalistas, Zucco criticou os ministros da 1ª turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que votaram pela condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Disse que Alexandre de Moraes “trabalha como promotor de acusação“, que Cármen Lucia “é uma procuradora” e não veio de uma “carreira de magistratura“, e que Flávio Dino “é um político”. Não falou sobre Zanin porque o ministro ainda não havia dado seu voto.

Leia mais sobre o julgamento:

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado.

O Supremo já ouviu as sustentações orais das defesas dos réus. Agora, os ministros votam.  Na 3ª feira (9.set), Alexandre de Moraes votou pela condenação de Bolsonaro. Foi acompanhado por Flávio Dino.

Na 4ª feira (10.set), Fux, em uma leitura que levou 12 horas, votou para condenar apenas Mauro Cid e Braga Netto por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No caso dos outros 6 réus, o magistrado decidiu pela absolvição.

A expectativa é que o processo seja concluído até 6ª feira (12.set), com a discussão sobre a dosimetria das penas. 

Integram a 1ª Turma do STF:

Além de Bolsonaro, são réus:

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anosSe houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal. 

Por: Poder360

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