• Terça-feira, 2 de setembro de 2025

Apoiadores de Bolsonaro evitam se reunir no dia de julgamento em Brasília

Esplanada, Praça dos Três Poderes e condomínio do ex-presidente iniciam o dia vazios; um único homem foi à frente do STF.

A Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes e o condomínio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) amanheceram vazios nesta 3ª feira (2.set.2025), dia em que a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) inicia o julgamento de Bolsonaro e outros 7 réus acusados de integrar o núcleo central da tentativa de golpe de Estado.

Apenas duas pessoas, favoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estiveram na Praça dos Três Poderes. Elas carregavam placas com os dizeres “sem anistia”.

A PM (Polícia Militar) do DF reforçou a segurança. O policiamento ficará 24 horas por dia durante o julgamento. Há rondas constantes. Caminhões e ônibus também estão no local. Há efetivo que vai até o Palácio do Buriti. Aglomerações estão proibidas no QG do Exército. A PM informou que não permitirá a circulação de transeuntes nos locais durante o julgamento.

Durante a madrugada, alguns apoiadores de Bolsonaro fizeram vigília nos portões do condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico (DF). O local amanheceu vazio.

Comerciantes de lojas próximas ao condomínio disseram ao Poder360 que quase não há presença de bolsonaristas. Relataram que a maioria estaria em oração e que muitos têm receio de se manifestar.

Na praça dos Três Poderes, Raimunda, que vende souvenirs há 50 anos, afirmou que o movimento tem sido baixo nos últimos dias.

Veja fotos:

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso pode se alongar até 12 de setembro.

Integram a 1ª Turma do STF:

Bolsonaro indicou 9 advogados para defendê-lo.

Os 3 principais são Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Os demais integram os escritórios que atuam na defesa do ex-presidente.

Além de Bolsonaro, são réus:

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos.

Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.

Por: Poder360

Artigos Relacionados: