• Terça-feira, 2 de setembro de 2025

Trama golpista usou 7 de Setembro para radicalização, diz Gonet

PGR afirma que Bolsonaro ameaçou Fux e Barroso em discursos que marcaram escala contra as instituições democráticas em 2021.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, sustentou nesta 3ª feira (2.set.2025) que a trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou o 7 de Setembro de 2021 como marco para a escalada contra as instituições democráticas.

Segundo ele, os discursos proferidos por Bolsonaro no Dia da Independência em Brasília e em São Paulo representaram “novo patamar de radicalização” na estratégia golpista.

Assista à fala de Gonet durante julgamento (4min:57s):

Na Avenida Paulista, em setembro de 2021, o então presidente atacou o sistema eletrônico de votação e direcionou ameaças especialmente aos ministros Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

“Aproveitando-se do da data cívica, o então presidente tornou a insuflar a militância contra os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral em mais uma etapa do plano de subversão da ordem constitucional”, declarou.

Durante manifestação no julgamento da ação penal por tentativa de golpe, Gonet também destacou as ameaças diretas de Bolsonaro a Luiz Fux.

A escalada seguiu cronologia específica, conforme a PGR:

Relembre o discurso de Bolsonaro em 7 de setembro de 2021 (3min03s):

A PGR sustentou que o plano golpista foi documentado pelos próprios integrantes da organização criminosa.

Foram encontrados manuscritos, arquivos digitais e planilhas que comprovam a “sequência de atos destinados a propiciar a ruptura da normalidade do processo sucessório”.

Entre os documentos apreendidos estão a planilha “operação 142“, encontrada em pasta intitulada “Memórias Importantes”, e o plano Punhal Verde e Amarelo, que previa a morte do ministro Alexandre de Moraes e do presidente eleito Lula.

Gonet afirmou que a tentativa de golpe começou com discursos contra as urnas eletrônicas, avançou com tentativas de obter apoio das Forças Armadas e culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo ele, o golpe só não se concretizou devido à recusa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica.

“A denúncia não se baseou em conjecturas ou suposições frágeis. Os próprios integrantes da organização criminosa fizeram questão de documentar quase todas as fases da empreitada”, disse o procurador.

A PGR reforçou os argumentos das alegações finais e pediu a condenação dos réus pelos crimes de:

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Por: Poder360

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