Safra recorde derrubam custos e impulsionam lucros no confinamento, aponta ICAP
Com queda nos preços dos insumos e estabilidade da arroba, pecuaristas voltam a enxergar margens positivas em 2025 no confinamento bovino, aponta ICAP
Com queda nos preços dos insumos e estabilidade da arroba, pecuaristas voltam a enxergar margens positivas em 2025 no confinamento bovino, aponta ICAP O cenário para o confinamento de bovinos voltou a se tornar favorável em setembro de 2025. Após meses de margens apertadas, a combinação entre safra recorde de grãos e exportações de milho abaixo do esperado derrubou o custo das dietas e abriu espaço para uma recuperação consistente da lucratividade dos pecuaristas. O movimento foi observado nas duas principais regiões produtoras do país — Centro-Oeste e Sudeste —, sinalizando um período de alívio nas contas do confinamento. Redução generalizada de custos No Centro-Oeste, a redução foi mais expressiva: o custo médio das dietas caiu 10,54% em relação a agosto, puxado pela forte oferta de insumos e coprodutos agrícolas no mercado interno. No Sudeste, a queda foi de 2,79%, resultado da diminuição nos preços de itens energéticos e proteicos.
O relatório da Ponta Agro mostra que essa melhora está diretamente ligada à maior disponibilidade de grãos e ao recuo do milho, que perdeu fôlego nas exportações diante da concorrência dos Estados Unidos, também colhendo uma safra volumosa. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Centro-Oeste lidera o movimento de queda No trimestre que compreende junho, julho e agosto, o Centro-Oeste registrou forte redução nos principais componentes das dietas:
Volumosos: -16,94%
Proteicos: -13,60%
Energéticos: -2,94%
A dieta de terminação, a mais cara do ciclo produtivo, fechou setembro em R$ 1.069,35 por tonelada de matéria seca, o que representa queda de 14,12%. Também houve redução de 1,81% no consumo alimentar dos animais, reforçando o alívio nos custos totais da engorda. Sudeste acompanha, mas com menor intensidade No Sudeste, o custo da dieta de terminação foi de R$ 1.130,79 por tonelada de matéria seca, uma queda de 6,46% em relação ao trimestre anterior. Os principais destaques de redução foram:
Milho grão seco: -11,26%
Polpa cítrica: -4,35%
Caroço de algodão: -3,49%
DDG: -0,43%
Essa combinação resultou em queda de 6,41% nos custos energéticos e 5,31% nos proteicos, o que refletiu diretamente no recuo do custo final das dietas. Comparativo anual revela contraste regional A comparação entre setembro de 2025 e setembro de 2024 mostra queda de 6,5% nos custos nutricionais da engorda no Centro-Oeste, enquanto o Sudeste apresentou alta de 2,7%. Essa diferença se deve à pressão por escoamento da produção no Centro-Oeste, que manteve os custos baixos, e à menor oferta local de milho no Sudeste, que elevou os preços regionais de alguns insumos.
Esse contraste reforça o quanto as condições locais de mercado impactam o desempenho dos confinamentos, mesmo diante de um cenário nacional de custos em queda. Margens de lucro voltam a animar o setor no confinamento Com base nos dados dos clientes da Ponta Agro, o custo estimado por arroba produzida ficou em:
R$ 185,64 no Centro-Oeste
R$ 193,34 no Sudeste
Esses valores permitem lucros acima de R$ 840,00 por cabeça, considerando apenas o preço de balcão, sem incluir bonificações. Segundo especialistas, a combinação de custos menores e arroba estável cria uma janela estratégica de rentabilidade para o confinamento neste segundo semestre.
Bonificações ampliam resultados Para potencializar o lucro, o pecuarista deve buscar bonificações junto aos frigoríficos, especialmente em negócios voltados à exportação. Atualmente, o diferencial de preço do Boi China em relação à cotação de balcão varia entre R$ 5,00 e R$ 7,50 por arroba, dependendo da região. Essas bonificações, somadas à eficiência produtiva e à gestão de custos, podem elevar significativamente a rentabilidade do confinamento.
Com a oferta de grãos elevada e a pressão por capitalização dos produtores, o custo de produção caiu e as margens voltaram ao azul. O momento exige atenção estratégica: quem otimizar a nutrição e negociar bem os prêmios com a indústria terá vantagem competitiva na reta final de 2025. O confinamento, que vinha operando sob forte pressão de custos, volta a respirar com fôlego e perspectiva positiva de lucro para os próximos meses.
Por: Redação
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