As defesas dos réus do chamado núcleo 4, acusados de participarem da trama golpista de 8 de janeiro, pediram a absolvição por falta de provas. Porém, os advogados não negaram a existência do plano de golpe de Estado.
No julgamento iniciado nesta 3ª feira (14.out.2025), as defesas buscaram afastar a participação dos seus clientes dos crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo a acusação, os integrantes do núcleo 4 atuavam como um órgão de contrainteligência para produzir e disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral. O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, afirmou durante sua sustentação oral que a desinformação culminou nos atos de vandalismo e depredação do patrimônio público. Ele pediu a condenação de todos.
As defesas, embora aleguem nulidades processuais como a incompetência do STF para julgar o caso e restrições ao direito de defesa com o document dump (excesso de documentos da investigação), buscaram retirar a participação individual dos respectivos clientes do núcleo. Afirmaram que houve falta de provas, e que a PGR proferiu acusações genéricas.
O julgamento foi iniciado na manhã desta 3ª feira com a leitura do relatório pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. No primeiro momento, falaram o procurador-geral da República e as defesas de Ailton Moraes Barros, Ângelo Denicoli e Carlos César Moretzsohn. Durante a tarde, foi a vez dos advogados de Giancarlo Rodrigues, Guilherme Almeida,Reginaldo Abreu e Marcelo Bormevet.
O presidente da 1ª Turma, ministro Flávio Dino, afirmou que, como foram encerradas as manifestações das partes, o julgamento será retomado na 3ª feira (21.out. 2025), com o voto do ministro relator.
Em seguida, votarão Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Os magistrados ainda discutirão as dosimetrias das penas.