>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp As condições elencadas pelo chefe do governo britânico ao governo de Israel para evitar o reconhecimento da Palestina são:“Em Gaza, devido a uma falha catastrófica na ajuda humanitária, vemos bebês famintos, crianças fracas demais para se manterem em pé, imagens que permanecerão conosco por toda a vida. O sofrimento precisa acabar”, disse.
- Que o governo de Benjamin Netanyahu tome medidas substantivas para pôr fim à terrível situação em Gaza;
- Que concorde com um cessar-fogo e se comprometa com uma paz sustentável de longo prazo “reavivando a perspectiva de uma solução de dois Estados”;
- Que permita à ONU distribuir ajuda humanitária nos territórios palestinos ocupados;
- Que deixe claro que não haverá anexações na Cisjordânia.

Israel
O governo de Tel Aviv rejeita a criação de um Estado palestino. Por meio de nota, o governo israelense criticou a declaração do primeiro-ministro do Reino Unido.“A mudança na posição do governo britânico neste momento, após a ação francesa e as pressões políticas internas, constitui uma recompensa para o Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e uma estrutura para a libertação de reféns”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Entenda
Com o anúncio do Reino Unido, cresce a pressão sobre Israel para que assine um cessar-fogo e permita a entrada desimpedida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A fome que assola os quase 2 milhões de pessoas de Gaza devido ao bloqueio israelense tem contribuído para aumentar o isolamento internacional de Israel e dos Estados Unidos em relação ao conflito no enclave palestino. A ONU afirma que Israel usa a fome como arma de guerra. O governo de Benjamin Netanyahu, contrariando todas as evidências, diz que não há fome no território palestino, afirmação questionada até pelo aliado Donald Trump, que reconheceu a fome em Gaza. Nesta terça-feira (29), chegou-se à marca dos mais de 60 mil palestinos assassinados em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa contra vilas ao Sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo mais de 200 reféns. Relacionadas
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