Um estudo no Vale do Juruá, no Acre, avaliou 14 variedades de feijões cultivados por agricultores familiares e confirmou alto valor nutricional e diversidade genética. As variedades Costela de Vaca e Manteiguinha Branco apresentam até 27% de proteína, acima da média nacional e mundial.
Os feijões também mostraram altos níveis de antocianinas, antioxidantes naturais, variando de 420 a 962 microgramas por grama, superiores às variedades brancas e coloridas. A conservação dos grãos se manteve por até 12 meses, reforçando a qualidade e o potencial de armazenamento das sementes tradicionais. Eis a íntegra (PDF – 9 MB).
Os feijões também mostraram altos níveis de antocianinas, antioxidantes naturais, variando de 420 a 962 microgramas por g, superiores às variedades brancas e coloridas. A conservação dos grãos se manteve por até 12 meses, reforçando a qualidade e o potencial de armazenamento das sementes tradicionais.
O estudo integra a tese da professora Guiomar Almeida Sousa (Ifac), com orientação de Amauri Siviero (Embrapa Acre). A pesquisa apontou ainda que o cultivo no Vale do Juruá se dá em sistemas agrícolas tradicionais, adaptados ao clima e à biodiversidade local, e que a região concentra a maior diversidade de feijões do Acre, com 23 variedades em Marechal Thaumaturgo.
Segundo os pesquisadores, o conhecimento da composição nutricional e da conservação genética pode valorizar o produto no mercado, gerar renda para pequenos produtores e incentivar selos de Indicação Geográfica e orgânicos.
Os sistemas agrícolas tradicionais serão apresentados no Agrizone, durante a COP30, em Belém, no Pará, reforçando o patrimônio cultural e genético da região.
Com informações da Agência Embrapa.
