No meio do deserto, uma cidade fantasma virou o paraíso dos burros
Antiga cidade mineira no deserto do Arizona, Oatman é hoje um dos pontos mais curiosos da histórica Rota 66, onde burros descendentes dos tempos da corrida do ouro vivem livremente, interagem com turistas.
Antiga cidade mineira no deserto do Arizona, Oatman é hoje um dos pontos mais curiosos da histórica Rota 66, onde burros descendentes dos tempos da corrida do ouro vivem livremente, interagem com turistas. Sob o sol escaldante do deserto do Arizona, entre as formações rochosas das Montanhas Negras, surge uma pequena cidade que parece congelada no tempo: Oatman. O que era, no passado, uma vila fervilhante de garimpeiros em busca de ouro, tornou-se hoje uma das atrações mais inusitadas da lendária Rota 66, graças a seus moradores mais famosos — burros selvagens que caminham livremente pelas ruas, roubam a cena dos turistas e carregam uma história centenária. Durante o auge da mineração, entre o final do século XIX e início do século XX, os mineiros utilizavam burros como animais de carga para transportar ferramentas, água, comida e, claro, o ouro extraído das montanhas. Quando as minas secaram e a cidade foi abandonada, os burros foram deixados para trás — mas sobreviveram. Adaptaram-se ao ambiente árido e formaram uma população selvagem que, até hoje, vaga livremente pela região.
Os burros de Oatman são descendentes diretos desses animais históricos. Apesar de viverem em liberdade, tornaram-se domesticados ao seu próprio modo: aparecem todos os dias na cidade em busca de atenção, comida e flashes fotográficos, e são uma das principais razões pelas quais Oatman atrai milhares de turistas anualmente. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Em Oatman, os burros não são apenas mascotes — são verdadeiros embaixadores locais. Um deles, inclusive, ocupa o posto simbólico de “prefeito”, com campanha administrada por dois moradores, Brad e Kelly Blake. A interação entre os animais e os visitantes é um espetáculo à parte: os turistas compram pacotinhos de alfafa em lojas locais e alimentam os burros nas calçadas de madeira da rua principal. Foto: DivulgaçãoNão é raro ver dezenas de jumentos caminhando lentamente pelo centro, enfiando o focinho nas vitrines ou cutucando quem passa em busca de um agrado. A cidade, que abriga mais burros do que pessoas, adaptou seu cotidiano a essa convivência — e fez disso um negócio. Os burros são protegidos pelo Bureau of Land Management (BLM), uma agência federal que monitora a população, o bem-estar dos animais e cuida para que haja um equilíbrio sustentável entre turismo e preservação. Isso inclui campanhas educativas sobre como alimentá-los corretamente e restrições quanto a comportamentos inadequados dos visitantes.
Foto: DivulgaçãoO envolvimento comunitário também é destaque: todo ano, Oatman realiza o peculiar “Burro Biscuit Toss”, uma competição em que os participantes arremessam um “biscoito” — na verdade, uma excreção de burro seca e pintada de dourado — para ver quem lança mais longe. O evento, além de divertido, reforça os laços entre moradores e turistas com o passado pitoresco da cidade. Cortando o coração da cidade, um trecho bem preservado da histórica Rota 66 contribui para o charme do lugar. E Oatman faz questão de manter viva a aura do Velho Oeste: duas vezes por dia, os “Oatman Ghost Rider Gunfighters” encenam duelos armados no meio da rua, com direito a figurino, tiroteios de festim e muito humor. Os visitantes são convidados a participar do show antes de seguirem para as lojinhas que vendem de tudo — souvenires de burro, artigos de mineração, roupas de motociclista e artesanato típico do sudoeste americano.
Foto: DivulgaçãoA geografia ao redor de Oatman é de uma beleza selvagem. Montanhas imponentes e formações rochosas esculpidas pelo tempo cercam a cidade, com destaque para a Montanha Thimble, a oeste, e o Dente de Elefante, a leste. Para os mais aventureiros, seguir pela Rota 66 até o Rio Colorado oferece uma jornada cinematográfica, pontuada por árvores de Josué e vales desérticos. Oatman não é apenas uma cidade turística, mas um museu a céu aberto do Velho Oeste americano, onde a presença dos burros dá vida a uma história de resiliência, convivência e reinvenção. Em tempos em que tantas cidades abandonadas se apagam, Oatman sobrevive — com relinchos, alfafa e muito carisma. Uma cidade onde os burros são mais do que bem-vindos: são os verdadeiros donos das ruas.
Por: Redação
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