Intoxicação em equinos: quais as principais causas e como identificar?No território brasileiro, várias espécies são conhecidas por causar intoxicação em equinos. Entre as mais perigosas, destacam-se: window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});
Plantas tóxicas para cavalos em pastagens representam um risco silencioso
Conhecer, identificar e controlar plantas tóxicas no pasto é essencial para evitar intoxicações e preservar a saúde dos cavalos.
Conhecer, identificar e controlar plantas tóxicas para cavalos no pasto é essencial para evitar intoxicações e preservar a saúde dos animais A presença de ervas daninhas e árvores tóxicas em pastagens é uma preocupação constante para criadores e proprietários de cavalos. Mesmo com inspeções frequentes e manejo adequado, é praticamente impossível eliminar totalmente essas plantas, que podem surgir espontaneamente em áreas de pasto ou até mesmo em cercanias arborizadas. Embora o risco de intoxicação seja relativamente baixo na maioria dos casos — principalmente quando os animais têm acesso a forragem saudável e abundante — o perigo aumenta em situações de escassez de alimento ou superpastejo, quando os cavalos podem ser levados a consumir espécies nocivas. O grau de risco varia conforme dois fatores: a palatabilidade (se o cavalo tende ou não a comer a planta) e a quantidade necessária para provocar intoxicação. Algumas espécies são rejeitadas pelos animais devido ao sabor amargo ou irritante, mas outras, mesmo pouco palatáveis, podem ser ingeridas acidentalmente em períodos de fome ou confinamento. Existem ainda plantas capazes de provocar intoxicação grave ou até morte com pequenas quantidades ingeridas. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Margaridinha (Senecio brasiliensis e S. madagascariensis) – Causa danos hepáticos severos. Cipó-preto (Tetrapterys multiglandulosa) – Frequente no Sudeste, provoca intoxicação generalizada. Samambaia (Pteridium aquilinum) – Associada a problemas neurológicos, hemorragias e até câncer; pode provocar deficiência de vitamina B1. Cafezinho (Palicourea marcgravii) – Afeta o sistema nervoso central. Solanáceas – Incluem beladona e estramônio, ricos em solanina, com efeitos sobre o sistema nervoso e digestivo. Lantana spp. (Chumbinho, Camará, Cambará) – Tóxica para o fígado. Cicuta (Conium maculatum) – Altamente venenosa, provoca falhas no sistema nervoso. Botão-de-ouro – Irrita a boca e o trato digestivo. Nandina (Nandina domestica) – Contém alcaloides cianogênicos. Cogumelo Ramaria flavobrunnescens – Causa intoxicação, especialmente em áreas de eucalipto. Algumas espécies não são comuns em todas as regiões, mas representam risco relevante quando presentes: Asclepias – Conhecida por atrair borboletas-monarca, contém substâncias tóxicas até na forma seca. Figueira-do-demo – Possui alcaloides tropânicos que afetam o sistema nervoso; provoca cólicas e alterações cardíacas. Dedaleira – Comum em jardins, contém toxinas que comprometem o coração. Tomate e batata (folhagem) – Ricas em solanina; causam depressão e cólicas. Caruru-de-cacho – Altamente tóxico, provoca convulsões e irritação cutânea. Rododendro – Contém toxinas que afetam digestão e coração. Hemlock-água – Extremamente perigosa, podendo causar paralisia respiratória. Senecio jacobaea – Provoca lesões irreversíveis no fígado. O consumo de plantas tóxicas por cavalos costuma ocorrer em circunstâncias específicas, como: Superpastejo – Quando a pastagem é insuficiente, os cavalos recorrem a vegetação indesejada. Feno ou ração contaminados – Plantas venenosas podem ser colhidas junto ao capim. Áreas recém-limpas – Árvores e arbustos cortados podem expor brotações jovens mais palatáveis. Períodos de seca – Menor oferta de forragem aumenta a ingestão acidental. Os sinais variam de acordo com a toxina ingerida, mas entre os mais comuns estão: Distúrbios digestivos – Cólica, diarreia, perda de apetite. Alterações neurológicas – Tremores, falta de coordenação, convulsões. Problemas cardíacos – Alterações na frequência e força dos batimentos. Lesões hepáticas – Amarelamento das mucosas e apatia. Problemas respiratórios – Falta de ar, respiração acelerada. Manter os cavalos protegidos contra a intoxicação por plantas tóxicas requer um conjunto de medidas preventivas: Identificação das espécies – Aprender a reconhecer as plantas tóxicas presentes na região. Controle das pastagens – Remover plantas perigosas e evitar superpastejo. Cercamento de áreas de risco – Isolar regiões com presença confirmada de espécies tóxicas. Fornecimento constante de alimento seguro – Garantir pasto saudável, feno de qualidade e água limpa. Inspeção de feno e ração – Evitar contaminações acidentais. Atendimento veterinário imediato – Em qualquer suspeita de intoxicação, procurar auxílio profissional. Embora não seja possível eliminar totalmente todas as plantas tóxicas das pastagens, a prevenção e o manejo adequado reduzem drasticamente o risco de intoxicação em cavalos. Conhecer as espécies perigosas, monitorar as áreas de pasto e agir rapidamente diante de qualquer suspeita são atitudes essenciais para preservar a saúde e a vida dos animais.
Por: Redação