Greve dos caminhoneiros começa no dia 4 de dezembro; veja o que sabemos até agora
Greve dos caminhoneiros em nível nacional é convocada por lideranças da categoria e levanta pautas econômicas e sociais, mas sofre resistência por associação política e falta de apoio de entidades representativas
Greve dos caminhoneiros em nível nacional é convocada por lideranças da categoria e levanta pautas econômicas e sociais, mas sofre resistência por associação política e falta de apoio de entidades representativas A partir desta quinta-feira (4), parte dos caminhoneiros brasileiros promete parar o país em mais uma tentativa de chamar atenção para as dificuldades enfrentadas pela categoria. A convocação da greve dos caminhoneiros ganhou visibilidade após a divulgação de vídeos e postagens nas redes sociais feitas por Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que esteve no Palácio do Planalto protocolando oficialmente a pauta de reivindicações. A mobilização, no entanto, não tem apoio unânime, revelando uma categoria dividida entre demandas legítimas e disputas políticas. Disputa política e racha na base Apesar da amplitude das pautas, parte da categoria acusa o movimento de ter motivações político-partidárias. O principal ponto de tensão é a presença do ex-desembargador Sebastião Coelho, apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pré-candidato ao Senado pelo partido Novo. Coelho defendeu abertamente a paralisação como uma forma de pressionar por anistia ampla e irrestrita aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes.
A associação da greve com essas causas políticas gerou críticas internas. Wallace Landim, o “Chorão”, liderança reconhecida pela greve de 2018, declarou que não participará do movimento. “Estão usando a categoria para defender político A ou B. Nós lutamos pelo sistema do transporte”, afirmou em vídeo. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa nove federações e mais de 100 sindicatos, também declarou que não foi informada oficialmente sobre a greve e que não houve sinalização de adesão por parte de suas bases. As principais reivindicações A pauta apresentada por Chicão à Presidência da República reúne uma série de demandas que há anos são debatidas pela categoria, incluindo:
Estabilidade contratual, com critérios claros para a recusa de fretes
Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas
Atualização do piso mínimo do frete, com atenção especial para veículos de nove eixos
Congelamento de dívidas da categoria por 12 meses, com possibilidade de refinanciamento em até 120 meses
Aposentadoria especial para quem tiver 25 anos de atividade fiscalmente comprovada
Linha de crédito de até R$ 200 mil, inclusive para caminhoneiros negativados
Isenção de IPI para renovação da frota
Ampliação de pontos de parada e descanso, conforme previsto na Lei 13.103/2015
Suspensão temporária da “Lei do Descanso”, enquanto não houver estrutura adequada
Criação de uma “Justiça do Transporte”, com vara judicial especializada no setor
Reserva de 30% das cargas de empresas estatais para caminhoneiros autônomos
Histórico e temores de desabastecimento A lembrança da greve de 2018 ainda é forte na memória dos brasileiros. Na ocasião, caminhoneiros bloquearam rodovias por dez dias, causando desabastecimento de combustíveis, alimentos, queda na produção industrial e prejuízos bilionários ao agronegócio. O movimento só foi encerrado após o governo Michel Temer ceder, criando a tabela de frete mínimo e subsidiando o diesel. Já em 2021, grupos de caminhoneiros se mobilizaram no 7 de Setembro, durante o governo Bolsonaro, em manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar das tensões, a movimentação foi contida com reforço de segurança e não gerou impactos logísticos significativos.
Uma publicação compartilhada por Sebastião Coelho (@desembargadorsebastiaocoelho)
A legalidade e os riscos da greve dos caminhoneiros Chicão afirma que o movimento busca agir dentro da legalidade, e que o direito de ir e vir da população será respeitado. “Temos que respeitar toda a legislação que é imposta à categoria no sentido de permitir o livre trânsito das pessoas”, disse em vídeo. Apesar disso, o próprio Sebastião Coelho defende que “tudo pode parar”, com exceção de bombeiros, hospitais e ambulâncias. Segundo ele, o movimento deve ganhar força gradualmente, à medida que diferentes setores aderirem. A convocação da greve dos caminhoneiros para esta quinta-feira reacende discussões sobre as dificuldades estruturais do transporte rodoviário no Brasil, mas também evidencia os riscos da instrumentalização política de movimentos sociais. Com apoio dividido, lideranças em conflito e pauta sensível ao cenário econômico, o desfecho do movimento ainda é incerto — mas os impactos, como se viu no passado, podem ser significativos.
Por: Redação
Artigos Relacionados:
Sua vaca não levanta? Entenda o perigo da Hipocalcemia e como evitar
há 2 minutos
Cavalo Crioulo movimenta R$ 5,36 bilhões e gera mais de 160 mil empregos no Brasil
há 1 hora
Brasil fecha ano com crescimento em produção, consumo e exportações de carne de frango, carne suína e ovos, aponta a ABPA
há 1 hora
Global Eggs, de Ricardo Faria, adquire Avícola Tratante e se torna 2ª maior produtora de ovos do mundo
há 1 hora
Haras Frange marca seu nome no Quarto de Milha durante a 1ª edição do Mato Grosso Horse Show
há 1 hora
STF tem 5 votos contra regra que diminui aposentadoria por invalidez
há 1 hora
Zucco pede autorização para visitar Bolsonaro
há 2 horas
UPL homenageia cinco cooperativas e a Embrapa Soja por ações de sustentabilidade
há 2 horas
Entidades se manifestam a favor da abertura do leilão do Tecon Santos 10
há 2 horas
Estudo inédito aplica inteligência artificial na reprodução do pirarucu
há 2 horas
Fachin cita dados de feminicídio e fala em “sensibilidade institucional"
há 3 horas
Anvisa proíbe fabricação e venda de 3 suplementos
há 3 horas
BB desembolsa R$ 85 bi em financiamentos ao agronegócio na safra 2025/26
há 4 horas
PF vê “estado paralelo” no Rio ao ligar Bacellar a vazamento de operação
há 4 horas
Ao vivo: STF julga regra de aposentadoria por invalidez
há 4 horas
Capins que podem matar: veja quais forrageiras nunca oferecer ao seu cavalo
há 4 horas
Recuperação judicial afeta concessão de crédito ao agronegócio, diz secretário
há 4 horas
Fávaro discute ações para fortalecer a agropecuária no Ceará
há 4 horas
Carne bovina brasileira é 16% mais barata nos EUA do que a produzida por americanos
há 5 horas
Justiça garante alongamento de dívida de produtor rural por até 20 anos
há 5 horas
RAM Dakota 2026 chega com motor diesel, versões distintas e pacote tecnológico robusto
há 5 horas
Safadão e Henrique & Juliano negociam sociedade no maior complexo de vaquejada do mundo
há 7 horas
Pará adia rastreabilidade bovina e governador crítica mercado internacional
há 7 horas
Receita Federal realiza Ação de Conformidade Declara Agro – Arrendamentos
há 8 horas
Grãos/Deral: plantio de soja atinge 99% da área no Paraná
há 8 horas
Arrozeiros celebram aprovação do uso da Taxa CDO para apoiar cadeia produtiva do arroz
há 8 horas
Espanha “culpa” carne da China por surto do vírus da peste suína no país; entenda
há 9 horas
Só PGR pode pedir impeachment de ministro do STF, decide Gilmar Mendes
há 9 horas
Nasce a CostaFoods Brasil – Raiz mineira, força global
há 9 horas
Brasil atualiza inventário de emissões do transporte rodoviário no país
há 9 horas
Imea: estimativa de produção de soja em MT é mantida em 47,18 milhões/t
há 9 horas
3Tentos anuncia aquisição da indústria de processamento de milho