• Quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Capins que podem matar: veja quais forrageiras nunca oferecer ao seu cavalo

Braquiária, Massai e capins muito maduros podem causar cólicas, “cara inchada” e até morte em cavalos; saiba como manejar corretamente a pastagem para proteger seu animal e quais forrageiras nunca oferecer ao seu cavalo

Braquiária, Massai e capins muito maduros podem causar cólicas, “cara inchada” e até morte em cavalos; saiba como manejar corretamente a pastagem para proteger seu animal e quais forrageiras nunca oferecer ao seu cavalo A alimentação de equinos exige cuidados muito específicos, especialmente quando o assunto é pastagem. Embora o capim seja a base natural da dieta dos cavalos, nem todo tipo de forrageira é seguro, e algumas podem provocar distúrbios digestivos, deficiência mineral, reações cutâneas e até situações fatais. Entre os principais capins que devem ser evitados ou manejados com extremo cuidado estão Braquiária, Massai e qualquer capim excessivamente maduro ou rico em talos. A Braquiária é um dos capins mais perigosos para equinos. Apesar de amplamente utilizada em bovinos, ela não é recomendada para cavalos, principalmente devido a três fatores:
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  • A ilha dos cavalos selvagens: animais sobrevivem livres em climas extremos
  • Alta concentração de oxalatos: essas substâncias bloqueiam a absorção de cálcio, mineral essencial para ossos, músculos e funções metabólicas.
    Isso pode levar à Osteodistrofia Fibrosa, conhecida como “cara inchada”, doença que provoca deformações ósseas, dor e fraqueza.
  • Presença de fungo tóxico (Pithomyces chartarum): esse fungo pode causar fotossensibilização, uma dermatite que afeta partes despigmentadas como focinho, orelhas e membros.
    A pele fica sensível à luz solar, podendo formar lesões e feridas.
  • Baixa palatabilidade e má qualidade de fibra: equinos podem rejeitar partes importantes da planta e consumir apenas talos ou sementes, aumentando o risco de cólicas.
  • Por esses motivos, a Braquiária deve ser evitada na alimentação de cavalos, especialmente quando há outras opções de pastagem mais seguras e adaptadas ao manejo equino. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O Massai é outro capim que exige atenção. Ele não é tóxico, mas pode se tornar extremamente perigoso quando o manejo é inadequado. Os principais riscos incluem:
  • Excesso de talos: quando a planta passa da fase ideal de pastejo e se torna fibrosa, o cavalo acaba ingerindo grandes quantidades de talos, que são indigestos.
    Isso pode levar à constipação, condição que frequentemente evolui para cólica, a maior causa de morte em equinos.
  • Dificuldade de digestão: por não conseguirem vomitar, os cavalos dependem totalmente do fluxo intestinal. Quando os talos se acumulam, o trânsito digestivo trava, gerando um quadro emergencial.
  • Para reduzir os riscos, é fundamental dividir o piquete, controlar o tempo de pastejo e manter o Massai sempre mais folhoso e jovem, evitando acúmulos de talos. Capins que atingiram a fase de floração ou formação de sementes — como algumas variedades de capim-maiz — também podem prejudicar os equinos. Motivos:
  • As sementes podem carregar toxinas ou causar irritações digestivas.
  • O capim maduro perde valor nutritivo e se torna mais duro e indigesto, aumentando o risco de cólicas.
  • Talos secos acumulam fibras insolúveis que podem travar o trato gastrointestinal.
  • Por isso, manter a pastagem sempre jovem e bem manejada é essencial. Muitos criadores fornecem capim picado manualmente ou com máquinas, mas isso pode ser perigoso para cavalos. Problemas causados:
  • Cavalos tendem a engolir rapidamente, sem mastigar corretamente.
  • O alimento chega ao estômago em partículas grandes ou mal trituradas, dificultando a digestão.
  • Pode ocorrer fermentação excessiva e maior risco de impactação e cólica.
  • A mastigação adequada é parte fundamental do processo digestivo equino e não deve ser ignorada. Embora muito utilizados para bovinos, esses capins devem ser oferecidos aos equinos com cautela.
  • Quando altos, seus talos são ricos em celulose dura e muito difíceis de digerir.
  • O consumo excessivo pode causar obstrução intestinal.
  • O ideal é manejar o corte para que o capim oferecido seja macio, jovem e folhoso.
  • 1. Gerenciamento do piqueteDividir o piquete em faixas menores permite:
  • Renovação constante das folhas
  • Evitar talos duros
  • Maior controle da ingestão
  • Redução de riscos de cólica e intoxicação
  • É a solução mais eficaz para quem utiliza Massai, Capiaçu ou outras forrageiras que endurecem rapidamente. 2. Ajuste nutricional da pastagem Cavalos precisam de:
  • Fibra de boa qualidade
  • Cálcio, fósforo, proteínas e minerais essenciais
  • Pastagens pobres podem levar a comportamentos de risco, como ingestão de talos ou plantas indesejadas.
    Corrigir deficiências com suplementação adequada é uma medida preventiva importante. 3. Evitar capins maduros e com sementes Ambientes mal manejados levam o cavalo a comer:
  • Folhas velhas
  • Talos
  • Sementes irritantes
  • Material indigesto
  • Manter a roçagem em dia evita esse problema. 4. Garantir mastigação adequada O alimento ideal para cavalos é macio, longo e folhoso.
    Capim muito picado ou duro prejudica a mastigação, compromete a digestão e eleva o risco de cólica — o maior inimigo da equinocultura.
    Por: Redação

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