• Quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Espanha “culpa” carne da China por surto do vírus da peste suína no país; entenda

Governo espanhol reforça barreiras sanitárias, investiga origem do surto do vírus da peste suína e tenta evitar impacto nas exportações de carne suína. Importações da China seguem suspensas.

Governo espanhol reforça barreiras sanitárias, investiga origem do surto do vírus da peste suína e tenta evitar impacto nas exportações de carne suína. Importações da China seguem suspensas. A Espanha enfrenta um momento de elevada tensão sanitária após a confirmação dos primeiros casos de peste suína africana (PSA) em javalis na província de Barcelona, situação que não ocorria no país há décadas. Embora as investigações ainda estejam em curso, autoridades espanholas, incluindo o ministro da Agricultura, Luis Planas, afirmam que a causa mais provável do surto é a entrada do vírus por meio de um produto cárneo importado de um país já afetado pela doença, possivelmente a China, um dos maiores produtores e exportadores de itens suínos do mundo. A hipótese — considerada hoje a mais plausível, embora ainda sem confirmação laboratorial — reacende o alerta sobre o risco de introdução da peste suína (PSA) via alimentos contaminados descartados de maneira irregular e consumidos por animais selvagens.
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    As autoridades catalãs já haviam sugerido que o vírus pode ter chegado à região por meio de um alimento contaminado transportado por via terrestre. Um exemplo citado durante as investigações é o de um simples sanduíche de salsicha, descartado em áreas acessíveis a javalis. Esse tipo de situação, embora pareça trivial, é reconhecida por especialistas como uma das principais vias de transmissão acidental da PSA para populações selvagens. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Planas destacou que essa linha de investigação “é plausível”, mas reforçou que nenhuma conclusão definitiva foi estabelecida. Novas análises laboratoriais estão em andamento para identificar a origem exata da infecção. Após os dois casos de peste suína já confirmados em javalis, o governo espanhol adotou medidas rigorosas de contenção. Foram mobilizados 117 agentes da unidade de resposta a emergências, que atuam em três pontos estratégicos realizando:
  • Captura de animais potencialmente expostos
  • Vigilância sanitária intensiva
  • Barreiras de biossegurança
  • Monitoramento por drones e equipamentos especiais
  • O principal objetivo é impedir que o vírus ultrapasse a zona já delimitada. Segundo o ministro, a situação está sob controle, mas novos casos não estão descartados, dada a rápida capacidade de disseminação da PSA em populações de javalis. Representantes do setor suinícola espanhol reforçam que:
  • A PSA não oferece risco à saúde humana
  • A doença não é transmitida pelo consumo de carne suína ou derivados
  • A indústria afirma estar colaborando integralmente com as autoridades e destaca que o momento exige calma, vigilância e atuação coordenada. O setor suinícola espanhol é um dos mais importantes da Europa, e qualquer avanço do surto pode gerar impactos econômicos significativos. O governo direciona atenção especial ao comércio internacional, especialmente à China, principal destino da carne suína espanhola fora da União Europeia. Segundo Planas, o país asiático concordou recentemente em aplicar o princípio da regionalização, o que significa que:
  • Somente a província de Barcelona ficará sujeita a restrições
  • Demais regiões da Espanha poderão exportar normalmente
  • A decisão é considerada essencial para evitar prejuízos ao setor, já que 42% das exportações espanholas de carne suína para fora da UE têm como destino a China, o equivalente a cerca de 550 mil toneladas por ano. No entanto, nem todos os países importadores aceitaram o mesmo protocolo, e negociações seguem em curso para evitar embargos mais amplos. Até agora, o governo não divulgou estimativas oficiais sobre os potenciais prejuízos econômicos. Caso a contenção do surto demande sacrifício de animais domésticos ou restrições mais amplas, produtores da região afetada terão direito a indenizações, que serão definidas conforme a extensão dos danos. Apesar da tensão gerada pela presença da PSA em território espanhol, autoridades e especialistas afirmam que o surto está circunscrito e sob vigilância intensiva. O trabalho integrado entre governo, setor produtivo e forças de segurança tem como foco:
  • Evitar a propagação da doença
  • Proteger o rebanho suíno doméstico
  • Preservar a posição da Espanha no mercado global de carne suína
  • A investigação segue aberta, e novas informações devem surgir à medida que análises laboratoriais forem concluídas. Até lá, o país permanece em alerta máximo, monitorando cada possível novo foco para impedir que a doença ultrapasse a fronteira da vida selvagem.
    Por: Redação

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