O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 3ª feira (14.out.2025) que os gastos tributários “ganharam tração” no 1º mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele declarou que não tem dificuldades de citar “equívocos” de governos que apoiou.
Haddad participa de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, que é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da proposta que isenta do IR (Imposto de Renda) os brasileiros que recebem até R$ 5.000 por mês.
O chefe da Fazenda deu a declaração sobre Dilma ao criticar a desoneração da folha salarial para 17 setores da economia. Segundo ele, nenhum estudo indicava que houve melhora do mercado de trabalho significativa para justificar a política de subsídio.
“Eu nunca tive dificuldade de apontar equívocos de governos que eu apoiei. As desonerações, o chamado gasto tributário, ganhou tração no 1º mandato da presidenta Dilma”, disse. “Por isso que eu fiz a referência de 2011 a 2013, porque, se nós verificarmos a arrecadação como proporção do PIB [Produto Interno Bruto], começa a cair ainda no 1º mandato da presidenta Dilma”, afirmou.
Os gastos tributários do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somarão R$ 612,8 bilhões em 2026, valor que é 12,56% superior ao registrado no Orçamento de 2025.
A maior parte é do Simples Nacional –programa que dá descontos tributárias as empresas de menor porte. O programa responde por 21,91% do total. Em 2º lugar estão os benefícios atrelados à agricultura e agroindústria (12,93%).
Haddad foi convidado pela CAE do Senado para falar sobre relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que considerou irregular a estratégia de perseguir o piso inferior da meta de resultado primário, em substituição ao centro da meta.