• Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

São Paulo foi o Estado mais afetado pelo apagão desta 3ª feira

Estado recebe 2,6 GW (gigawatts) do total que não foi distribuído durante manobra para evitar prejuízos ao Sistema Interligado Nacional.

São Paulo foi o Estado mais afetado pelo apagão registrado na madrugada desta 3ª feira (14.out.2025), com a interrupção de 2,6 GW no fornecimento de energia elétrica. Em seguida foram Minas Gerais (1,2 GW), Rio de Janeiro (900 MW) e Paraná (900 MW).

Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), uma perturbação de grande porte ocorreu às 00h32, exigindo o desligamento controlado de cerca de 10 GW de carga para evitar a propagação da falha e proteger o SIN (Sistema Interligado Nacional).

Eis a lista divulgada pelo Ministério de Minas e Energia os Estados mais afetados pela interrupção:

O apagão foi resultado de mecanismos automáticos de proteção do sistema elétrico.

Segundo informações preliminares da equipe do Ministério de Minas e Energia, o incêndio teria começado por falha técnica e, quando ocorreu o incêndio na subestação.

O incêndio desligou toda a subestação paranaense de 500 kV (quilovolt). No momento da interferência, a região Sul transportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste.

Nas demais regiões houve a atuação do Erac (Esquema Regional de Alívio de Carga), que é um plano de ação preventiva usado pelos operadores do sistema elétrico para evitar sobrecargas e manter a segurança do fornecimento de energia.

Com o desligamento da subestação, a interligação entre Sul e Sudeste/Centro-Oeste foi interrompida. Isso afetou também Nordeste e Norte, já que a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o Sudeste/Centro-Oeste no momento da falha.

Conforme apurado pelo Poder360, agentes do setor elétrico dizem que ainda há poucas informações para determinar ao certo a causa do incidente. Porém, acrescentam que um apagão em diversos Estados dificilmente seria provocado só pelo incêndio em uma subestação, a não ser que fosse um incêndio de grandes proporções.

Depois do restabelecimento da energia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reuniu-se com representantes do ONS para avaliar as causas do incidente. Segundo ele, o sistema elétrico “respondeu corretamente, dentro dos protocolos previstos, e as interrupções foram rapidamente sanadas”.

O ONS vai elaborar o RAP (Relatório de Análise de Perturbação), que deve ser concluído em até 30 dias. O documento identificará as causas do evento, os pontos de melhoria e as ações que devem ser adotadas pelas empresas do setor elétrico para evitar novas ocorrências.

O Ministério de Minas e Energia acompanhará o processo de apuração e divulgará atualizações oficiais conforme o avanço dos trabalhos técnicos.

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Por: Poder360

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