O Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, reduziu nesta 4ª feira (17.set.2025) a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, passando o intervalo para 4,00% a 4,25%. A decisão foi aprovada por 11 votos a 1: a maioria apoiou a redução, enquanto Stephen Miran defendeu um corte maior, de 0,5 ponto percentual. Foi a 1ª reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) que ele participou, depois de ser aprovado pelo Senado em 15 de setembro. Foi indicado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano). Eis a íntegra do relatório (PDF – 203 kB, em inglês).
A decisão marca uma mudança depois de 5 reuniões consecutivas em que o Fed manteve a taxa no intervalo de 4,25% a 4,50%, sinalizando que a autoridade monetária optou por estimular a economia diante da desaceleração econômica, inflação persistente e enfraquecimento do emprego, além da pressão de Trump pelo corte na taxa.
A última vez que o banco central norte-americano reduziu o intervalo da taxa básica de juros se deu em 18 de dezembro de 2024, quando cortou a taxa em 0,25 ponto percentual.
No comunicado, o Fed afirma que “o crescimento da atividade econômica moderou-se na 1ª metade do ano. Os ganhos de emprego diminuíram, e a taxa de desemprego subiu levemente, embora continue baixa. A inflação avançou e permanece elevada. Diante do aumento dos riscos para o emprego e da incerteza sobre a economia, o Comitê decidiu reduzir o intervalo da taxa de fundos federais”. A próxima reunião sobre a taxa de juros nos EUA será de 28 a 29 de outubro.
A inflação anualizada dos Estados Unidos subiu para 2,9% em agosto de 2025. A taxa aumentou 0,2 ponto percentual em relação a julho, quando foi de 2,7. A inflação mensal foi de 0,4%.
O setor de moradia subiu 0,4% em agosto e foi o maior fator no aumento mensal de todos os itens. O setor de alimentação aumentou 0,5% no mês. O setor de energia subiu 0,7% em agosto, enquanto o da gasolina subiu 1,9% ao longo do mês.
A taxa para todos os itens, exceto alimentos e energia, subiu 0,3% em agosto, assim como em julho. Os setores que aumentaram ao longo do mês incluem passagens aéreas, carros e caminhões usados, vestuário e veículos novos. Os setores de assistência médica, recreação e comunicação estavam entre os poucos principais que diminuíram em agosto.