Nas oficinas, nos dias 6 e 7 de dezembro, as facilitadoras apresentarão ferramentas de IA que ajudam a montar currículos, organizar planilhas, revisar textos, criar artes para pequenos negócios, estudar para provas e planejar finanças. A proposta do projeto é que tudo seja compartilhado de forma simples, acessível e imediata. Para muitas participantes, é o primeiro contato direto com essas ferramentas. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sesc. O Conecta PretaLab parte da premissa de que mulheres negras precisam estar no centro da conversa sobre inteligência artificial. Isso só ocorrem quando elas têm acesso, formação, segurança e espaço para aprender e experimentar. Silvana conta que o projeto atende a uma demanda que aparece todos os dias.“Quando a gente olha para o Brasil, percebe que mulheres negras, pessoas periféricas e grupos historicamente excluídos chegam muito depois nessa conversa. Muitas vezes só entram como usuárias, e não como criadoras. E esse é o grande desafio: não basta ‘usar’ IA. É preciso entender como ela funciona, ter autonomia e participar das decisões sobre o que essas tecnologias serão no futuro”, disse.
“A IA é construída a partir de dados, referências e prioridades definidas por grupos muito restritos, e isso faz com que boa parte da sociedade fique de fora desde o início. E quando mulheres negras, pessoas periféricas, pessoas indígenas ou com deficiência não participam da construção das tecnologias, os impactos negativos voltam para elas de forma ainda mais intensa”, explicou Silvana. Relacionadas“Se vivemos num país onde parte significativa da população tem dificuldade de acessar direitos básicos, não é surpresa que o acesso à tecnologia mais avançada siga a mesma lógica”, afirmou Silvana.
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