• Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

CNA e entidades alertam sobre riscos fitossanitários de importação da banana do Equador

Em audiência com ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, setor produtivo expôs ameaça de praga vinda do país sul-americano.

Em audiência com ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, setor produtivo expôs ameaça de praga vinda do país sul-americano. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça (30), de uma reunião de grupo de produtores de banana e entidades do setor com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, sobre os riscos de importação da banana do Equador. O encontro foi articulado pelas associações do setor Conaban, Abanorte, Abavar, Febanana e outras, para discutir a preocupação da cadeia produtiva com os riscos fitossanitários associados ao produto equatoriano, principalmente em relação ao  Fusarium oxysporum f. sp.  cubense raça tropical 4, praga quarentenária ausente no Brasil.
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    Segundo informações apresentadas na audiência, a TR4, como também é conhecida a doença, representa uma ameaça severa aos cultivos de banana no país, especialmente as variedades do grupo Cavendish, como a banana nanica e a banana prata, que são as mais produzidas e consumidas no Brasil. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Os representantes da cadeia enfatizaram aos ministros a necessidade de participação ativa do setor produtivo e das instituições de pesquisa na condução das Análises de Risco de Pragas (ARP’s), considerando os riscos diretos, podendo ser o fruto uma fonte de inóculo, fato já demonstrado em estudos científicos e reconhecido internacionalmente, e indiretos, como a contaminação por meio de caixarias, pallets e demais embalagens. A assessora técnica da CNA, Letícia Barony, destacou a relevância das ações de defesa fitossanitária e reconheceu o bom trabalho conduzido pelo Mapa em diversas cadeias e emergências fitossanitárias. No entanto, reforçou que diante da ameaça representada pela doença, as ações de prevenção e proteção devem ser ainda mais rigorosas. “A gravidade da situação se intensifica diante da inexistência de materiais genéticos resistentes à TR4 e da falta de tratamentos eficazes. Trata-se de uma doença de solo que, uma vez presente, torna a área imprópria para o cultivo da fruta pela ausência de tratamento”, explicou. A assessora ressaltou que a CNA enviou um ofício ao Mapa algumas semanas atrás abordando a preocupação do setor com a questão. Na avaliação de Letícia, a estrutura da cadeia produtiva brasileira, composta por mais de 200 mil produtores distribuídos em todo o território nacional, sendo mais de 80% da agricultura familiar, torna inviável o controle da praga caso ela ingresse no país, “gerando um enorme desafio para o Ministério da Agricultura e grande insegurança para os produtores.” Os ministros reafirmaram o compromisso do Brasil com a defesa sanitária, destacando a referência internacional do país. Garantiram que as análises de risco serão realizadas, e que contarão com apoio da Embrapa e participação do setor produtivo e reiteraram que, caso haja risco de ingresso de pragas quarentenárias, especialmente a TR4, o mercado não será aberto. Também participaram da reunião o senador Jaime Bagatoli, os deputados Jorge Goetten e Nilto Tatto, além de prefeitos e vereadores. Fonte: CNA VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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