A aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada nesta 5ª feira (9.out.2025), permitirá que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indique seu 11º nome ao STF (Supremo Tribunal Federal). Com isso, o petista terá preenchido, ao longo de seus mandatos, todas as cadeiras da Corte. Será o 3º nome da atual gestão, depois de Cristiano Zanin e Flávio Dino.
A saída de Barroso marca mais um capítulo da influência de Lula na composição do Supremo. Eis as nomeações de Lula ao STF, por mandatos:
1º mandato (2003-2006):
● 2003: Joaquim Barbosa;
● 2003: Eros Grau;
● 2004: Cezar Peluso;
2º mandato (2007-2010):
● 2007: Cármen Lúcia;
● 2007: Menezes Direito;
● 2009: Dias Toffoli;
● 2009: Ayres Britto;
● 2010: Ricardo Lewandowski.
3º mandato (2023-2026):
● 2023: Cristiano Zanin.
● 2023: Flávio Dino;
● 2025: Sucessor de Barroso.
Sua antecessora, Dilma Rousseff (PT) indicou 4 ministros para o STF. As nomeações ocorreram entre 2011 e 2015, antes de seu impeachment em 2016. Ao todo, o PT terá indicado 15 nomes.
Em 2011, a petista escolheu Luiz Fux, que substituiu Eros Grau, e Rosa Weber, no lugar de Ellen Gracie. Dois anos depois, em 2013, Dilma nomeou Luís Roberto Barroso para ocupar a vaga deixada por Carlos Ayres Britto.
A última indicação de Dilma aconteceu em 2015, quando escolheu Edson Fachin para substituir Joaquim Barbosa. Fachin assumiu a presidência do STF após o mandato de Barroso.
Com as 4 indicações de Dilma somadas às nomeações de Lula, o PT terá renovado completamente os 11 assentos do STF ao longo de 2 décadas no poder.
Cotados para a vaga.
O Palácio do Planalto ainda não informou se há um nome definido para a vaga. O Poder360 procurou a Presidência da República, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
Nos bastidores, circulam nomes já cogitados em outras ocasiões, como o do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias; o do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius Carvalho; o do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas; e o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).