Obrigatoriedade da rastreabilidade animal: como evitar multas milionárias na pecuáriaO “calcanhar de Aquiles” da pecuária de corte é que muitas de suas despesas são pagas “à vista” (compra de reposição, insumos, sal), mas o retorno (a venda do boi gordo) só acontece meses ou anos depois. Esse descasamento de caixa é fatal. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O produtor que não conhece seu custo de produção fica refém do preço da arroba; ele não gerencia o negócio, ele é gerenciado pelo mercado. Quando a arroba cai, muitos cortam custos de forma reativa, como a suplementação na seca ou a adubação de pasto. Esse é o perigo: cortar um custo variável essencial diminui o Ganho Médio Diário (GMD), aumenta o tempo de abate e, paradoxalmente, acaba aumentando o custo final da arroba produzida. É o famoso “barato que sai caro”. Para salvar o caixa, o primeiro passo é a “autópsia” financeira. O gestor precisa sentar e classificar cada centavo que sai da conta da fazenda. Despesas Fixas (Os “Custos da Estrutura”): São os gastos que o pecuarista terá independentemente de ter 100 ou 1.000 bois no pasto. Eles existem apenas para manter a fazenda “de portas abertas”. A estratégia aqui não é cortar (muitas vezes não é possível), mas sim diluir. Exemplos Clássicos:
A otimização do variável significa, em suma, produzir mais com menos, focando no Custo da Arroba Produzida ($/ @). Alvo 2: Diluir o Custo Fixo (Aumentar a Produtividade) O custo fixo é como um aluguel. Se uma fazenda paga R$ 5.000 de custos fixos para produzir 100 arrobas, seu custo fixo é de R$ 50,00 por arroba. Se, nessa mesma estrutura, o produtor usar tecnologia (adubação, manejo) para produzir 200 arrobas, seu custo fixo cai para R$ 25,00 por arroba. Essa diluição do custo fixo é a chave da intensificação. O objetivo é aumentar a “lotação” (UA/ha) ou encurtar o ciclo de abate. Ao fazer isso, o pecuarista usa a mesma estrutura para “colher” mais arrobas por hectare/ano, derrubando o custo final do boi e blindando a fazenda contra a queda de preços. O “boi no vermelho” raramente é resultado de um único fator, mas quase sempre é agravado pela falta de gestão financeira. O pecuarista não controla o preço da arroba, mas deve controlar seu custo de produção. A separação entre despesas fixas e variáveis não é um exercício contábil chato; é a ferramenta de diagnóstico que permite ao gestor parar de “apagar incêndios” e começar a tomar decisões estratégicas. Saber se o problema está na eficiência da produção (variáveis altos) ou na ociosidade da estrutura (fixos altos) é o primeiro passo para garantir que o caixa da pecuária feche no azul. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:





