Essa leitura não é feita apenas uma vez pela manhã: ao longo do dia, os animais são observados diversas vezes. O objetivo é captar qualquer sinal de desconforto, recusa de alimento, alterações de fezes ou comportamento que possam indicar problemas no manejo ou na dieta.
Com R$ 191,2 milhões em dívidas, Grupo Santa Fé aprova recuperação extrajudicialBem-estar e análise de fezes: a leitura que os animais nos dão As fezes são um indicativo importante de como a dieta está sendo digerida. Observar consistência, presença de grãos inteiros ou excesso de mucos é uma prática diária que complementa a avaliação nutricional. Além disso, o comportamento do lote também revela sinais de bem-estar ou estresse, como agitação, apatia ou brigas por espaço no cocho. Nos dias mais frescos, é visível que os animais apresentam maior ingestão alimentar. Já em dias de calor intenso, o consumo tende a cair, o que exige atenção redobrada para evitar perdas de desempenho. Adaptação: o começo do sucesso O período de adaptação dos animais ao confinamento dura 21 dias, e é acompanhado de perto por mim e pelos funcionários da fazenda. Acompanhamos a evolução do consumo, a interação dos animais com o ambiente, e buscamos garantir que todos estejam bem adaptados à nova rotina. Essa fase é fundamental para o sucesso da engorda, pois reduz riscos de doenças metabólicas e melhora a resposta à dieta. Três refeições por dia e sistema de controle em tempo real Os animais recebem três alimentações diárias, em horários estrategicamente definidos para otimizar o consumo e evitar sobras. Toda a movimentação é registrada em tempo real em um sistema que organiza:
• Alimentação diária
• Entrada e saída de animais
• Estoque de insumos (FIFO – primeiro que entra, primeiro que sai)
• Medicações e manejos É como se a fazenda estivesse toda “dentro do sistema”, o que traz mais rastreabilidade, organização e precisão técnica. A visão da zootecnista no confinamento Estar inserida nessa rotina me ensinou que o papel da zootecnista vai muito além da formulação de dietas. É preciso estar presente, observar os animais, entender os sinais do lote, manter boa comunicação com os funcionários e utilizar a tecnologia como aliada. Cada decisão tomada no campo reflete diretamente no resultado da arroba produzida, e cada detalhe por menor que pareça importa. Essa vivência me fortaleceu como profissional e reforçou a importância da zootecnia aplicada com olhar técnico e sensibilidade prática. VEJA MAIS: