A colheita da 2ª safra do milho, iniciada na 2ª quinzena de junho, fará com que a demanda por frete rodoviário aumente e, como consequência, os preços voltem a subir em julho, segundo boletim da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Leia a íntegra (PDF — 2 MB).
Em junho, Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí tiveram redução nos preços por causa da menor demanda por transporte e da redução no preço do diesel. No Paraná, a baixa se deu na região de Ponta Grossa, enquanto Minas Gerais manteve estabilidade nos fretes para grãos.
Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Minas Gerais tiveram aumento nas cotações do frete rodoviário já nas últimas semanas de junho. O crescimento está ligado ao início da colheita da 2ª safra de milho e do café mineiro, que intensifica a movimentação logística.
Segundo o boletim da Conab, o Brasil exportou 6,1 milhões de toneladas de milho em maio de 2025, inferior às 7,5 milhões de toneladas do mesmo mês em 2024.
O porto de Santos foi o principal ponto de escoamento do milho, com 28,8% do total exportado. Os portos do Arco Norte responderam por 25,7% da movimentação, uma queda em comparação aos 45,3% registrados no mesmo período de 2024.
São Francisco do Sul movimentou 16,4% das exportações de milho, seguido por Paranaguá com 12,9% e Rio Grande com 12,8%. Os embarques partiram principalmente de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
O Brasil exportou 9,6 milhões de toneladas de farelo de soja de janeiro a maio de 2025. Este volume supera ligeiramente as 9,3 milhões de toneladas do mesmo período de 2024. A movimentação concentrou-se nos portos de Santos (42,3%), Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).
Para a soja, 38% das exportações saíram pelo Arco Norte, percentual superior aos 36,4% do ano anterior. O porto de Santos contribuiu com 37,5% da soja exportada, seguido por Paranaguá com 11,9% e São Francisco do Sul com 5,3%. As cargas tiveram origem principalmente em Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.
No setor de fertilizantes, as importações em maio foram as maiores desde maio de 2022. O Brasil importou 15,27 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2025, contra 13,6 milhões no mesmo período do ano passado. Os principais portos de entrada foram Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões).
