• Sábado, 16 de agosto de 2025

Zema lança pré-candidatura e iguala "lulismo", facções e "parasitas"

Em evento em São Paulo, governador de Minas classifica os 3 como "maiores inimigos do Brasil".

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), lançou sua pré-candidatura à Presidência da República e disse neste sábado (16.ago.2025) que o “lulismo”, os “parasitas do Estado” e as facções criminosas são os “3 maiores inimigos” do Brasil. A fala foi feita durante o 9º Encontro Nacional do partido Novo na Amcham Business Center, em São Paulo.

“Essas próximas eleições vão decidir o nosso futuro e nós vamos ter de acertar as contas com os três maiores inimigos desse país: o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas”, declarou. 

“Vamos chegar à Brasília para varrer o PT do mapa. Vamos chegar à Brasília para acabar com os abusos e perseguições do Alexandre de Moraes”, afirmou o pré-candidato, que prometeu “libertar o Brasil” caso seja eleito em 2026.

Zema afirmou que 23 milhões de brasileiros vivem sob o controle de facções criminosas. “São pessoas que pagam mais caro pela água, pela internet, pela energia e pelo gás. E as facções ameaçam transformar o Brasil num narco-estado”, disse defendendo a mobilização de todas as forças de segurança contra essas organizações.

O pré-candidato também criticou o que denominou “casta de privilegiados” no setor público, citando especificamente o Poder Judiciário. “Só o Judiciário, mais de 10 bilhões em salários acima do teto. Aposentadorias especiais, pensões idem e isso segue em vigor no setor público”, declarou.

Zema atribuiu sua entrada na política à crise econômica durante o governo de Dilma Rousseff (PT). “Tive de reduzir o quadro da empresa em mais de 2.500 funcionários. Foi um momento terrível para o Brasil e aquilo me fez ficar inconformado e indignado”, afirmou.

Em seu pronunciamento, o governador defendeu  sua gestão em Minas Gerais, afirmando que investiu na merenda escolar “23 vezes mais que o governo anterior do PT” e dobrou os investimentos em educação. Na segurança pública, declarou que Minas se tornou “um dos Estados mais seguros do país”, controlando o problema do “novo cangaço”, que afetava mais de 100 cidades mineiras anualmente.

“Se foi possível fazer em Minas, é possível fazer no Brasil. Minas é muito mais do que um Estado. Em Minas todos os Brasis se encontram. O Brasil que planta, o Brasil que fabrica, o Brasil que inova e o Brasil que tem fé”, disse.

O evento, organizado em formato de palestras estilo TED Talk, contou com a participação de lideranças do partido. O tom de oposição ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal marcou os discursos que antecederam a fala de Zema. Eduardo Ribeiro, presidente nacional do Novo, afirmou que haverá êxodo populacional caso o PT não seja derrotado. “Quase todo mundo. São 5 milhões de brasileiros morando fora do Brasil. Esse número vai duplicar, triplicar. É uma verdadeira diáspora”, disse, comparando o Brasil à Venezuela: “E o fim a gente já sabe, nós temos um país vizinho, a Venezuela, que aconteceu exatamente isso”.

Já o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que introduziu Zema junto com o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, fez duras críticas ao STF e defendeu o impeachment de ministros. “O que nós vemos, os vazamentos de conversas entre assessores e juízes auxiliares de Alexandre de Moraes, é a mais pura perseguição política”, afirmou.

Van Hattem disse que existem irregularidades nas prisões relacionadas ao 8 de Janeiro. “Pegaram pessoas que em 2018 fizeram postagens chamando Lula do que é ladrão e mantiveram na cadeia. Isso é um absurdo e isso não pode ficar impune”, afirmou, prometendo que “nós faremos o impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal”.

O evento, que segue até às 18h, conta com palestras sobre segurança pública, combate ao crime organizado, independência do Judiciário e reforma do Estado, com a participação de figuras como Rogério Greco (secretário de Segurança de Minas Gerais) e Ricardo Salles (deputado federal/Novo-SP).

Por: Poder360

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