• Domingo, 17 de agosto de 2025

Palestinos serão retirados de áreas de combate na Faixa de Gaza

Exército de Israel vai fornecer, a partir deste domingo (17/8), tendas para transferência da população civil para o sul do território

O Exército de Israel afirmou que vai fornecer tendas a partir deste domingo (17/8) para a transferência da população civil de áreas de combate na para o sul do território. O comunicado foi feito pelo porta-voz em árabe dos militares, Avichay Adraee. O plano de deslocamento foi aprovado pelo governo israelense no início deste mês. A decisão ocorre dias depois de Israel ter anunciado a intenção de lançar uma nova ofensiva para assumir o controle da Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território. O primeiro-ministro israelense,, disse no último domingo (10/8) que, antes de lançar a ofensiva, a população civil seria retirada para o que ele descreveu como “zonas seguras” da cidade. Ele diz que o centro urbano é o “último reduto do Hamas”. 4 imagens CIDADE DE GAZA, GAZA – 21 DE JULHO:
Muhammad Zakariya Ayyoub al-Matouq, uma criança de 1 ano e meio na Cidade de Gaza, enfrenta desnutrição grave e potencialmente fatal, à medida que a situação humanitária se agrava devido aos ataques israelenses contínuos e ao bloqueio, em 21 de julho de 2025.Palestinians gather at a food distribution point in Gaza City, on July 20, 2025. The World Food Programme says nearly one in three people in Gaza do not eat for days at a stretch, and ''thousands'' are ''on the verge of catastrophic hunger''. (Photo by Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images)Fechar modal. 1 de 4 CIDADE DE GAZA, GAZA – 24 DE JULHO: Uma organização de caridade distribuiu alimentos para palestinos que enfrentam sérias dificuldades no acesso a necessidades básicas devido ao bloqueio e às operações militares contínuas de Israel na Faixa de Gaza, em 24 de julho de 2025. Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images 2 de 4 CIDADE DE GAZA, GAZA – 21 DE JULHO: Muhammad Zakariya Ayyoub al-Matouq, uma criança de 1 ano e meio na Cidade de Gaza, enfrenta desnutrição grave e potencialmente fatal, à medida que a situação humanitária se agrava devido aos ataques israelenses contínuos e ao bloqueio, em 21 de julho de 2025. Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images 3 de 4 Palestinians gather at a food distribution point in Gaza City, on July 20, 2025. The World Food Programme says nearly one in three people in Gaza do not eat for days at a stretch, and ''thousands'' are ''on the verge of catastrophic hunger''. (Photo by Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images) 4 de 4 Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images Leia também Não há, no entanto, nenhum detalhamento de como isso ocorreria, e organizações internacionais ressaltam que o deslocamento forçado poderia configurar crime de limpeza étnica de acordo com o Direito Humanitário Internacional, embora existam casos em que a transferência por questões de segurança ou militares, com uma série de limitações, são permitidas. Os equipamentos de abrigo serão transferidos através da passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, pelas Nações Unidas e outras organizações internacionais de ajuda humanitária, após serem inspecionados pelas forças de Israel, segundo o exército. A ONU alertou na quinta-feira (14/8) que milhares de famílias que já enfrentam péssimas condições humanitárias poderiam ser levadas ao limite se o plano militar de Tel Aviv para a Cidade de Gaza avançar. Panorama atual na Faixa de Gaza A guerra em Gaza se estende por mais de 600 dias, com mais de 50 mil palestinos mortos e devastação generalizada. Os números só aumentam, à medida que o conflito segue com intensidade. As negociações em Doha avançaram em um novo acordo que prevê um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de reféns (vivos e mortos), a devolução de prisioneiros palestinos e um aumento substancial da ajuda humanitária. No entanto, retomadas de ataques intensos mostram que os combates seguem ativos. Testemunhas afirmam que a ajuda humanitária ainda encontra obstáculos diretos à sua entrada. As concessões iniciais das negociações incluem retiradas limitadas de tropas e prazos curtos — mas não garantem solução duradoura, especialmente se houver falhas na segunda fase do acordo.  
Por: Metrópoles

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