O governo do presidente venezuelano, , repudiou o anúncio de , . Na noite dessa terça-feira (16/12), o presidente dos Estados Unidos proibiu a entrada e saída de navios petroleiros do território venezuelano.
Em comunicado divulgado na madrugada desta quarta-feira (17/12), a Venezuela rejeitou a “ameaça grotesca de Trump”. O governo Maduro denuncia que o presidente dos EUA violou “o Direito Internacional, o livre comércio e o direito à livre navegação” e lançou uma “ameaça temerária e grave contra a República Bolivariana da Venezuela”.
De acordo com a Venezuela, Trump pretende “impor, de maneira totalmente irracional, um suposto bloqueio naval à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa nação”.
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O governo de Maduro rejeita a negociação de recursos naturais e diz que essa “grave violação do direito internacional contra a Venezuela”.
Na nota, a Venezuela diz que a evidência que a verdadeira intenção dos EUA com a ação militar nos arredores do país é “se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais da Venezuela por meio de campanhas massivas de mentiras e manipulação”.
“A Venezuela jamais será colônia de qualquer império ou potência estrangeira e continuará trilhando, junto com seu povo, o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania”, diz a nota.

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1 de 5 Nicolás Maduro Jesus Vargas/Getty Images
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2 de 5 Nicolás Maduro Arte Metrópoles
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3 de 5 EUA vão pagar recompensa por Maduro artaz com foto de Nicolás Maduro divulgado pelo governo dos EUA
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4 de 5 Maduro e Trump Arte/Metrópoles
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5 de 5 Nicolás Maduro Jesus Vargas/Getty Images
Confira a íntegra da nota da Venezuela, traduzida para o português:
A Venezuela unida rejeita a ameaça grotesca do Sr. Trump e a denunciará.
Na noite de 16 de dezembro de 2025, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, violando o Direito Internacional, o livre comércio e o direito à livre navegação, lançou uma ameaça temerária e grave contra a República Bolivariana da Venezuela.
Em suas redes sociais, ele assume que o petróleo, as terras e as riquezas minerais da Venezuela lhe pertencem. Consequentemente, exige que a Venezuela entregue imediatamente todas as suas riquezas. O Presidente dos Estados Unidos pretende impor, de maneira totalmente irracional, um suposto bloqueio naval à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa nação.
A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos protege, nossa Constituição e as leis da República, reafirma sua soberania sobre todos os seus recursos naturais, bem como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Portanto, em estrita conformidade com a Carta da ONU, procederemos ao pleno exercício de nossa liberdade, jurisdição e soberania diante dessas ameaças belicistas.
Nosso Embaixador junto à ONU denunciará imediatamente essa grave violação do direito internacional contra a Venezuela.
Conclamamos o povo dos Estados Unidos e os povos do mundo a rejeitarem por todos os meios esta ameaça extravagante, que revela mais uma vez as verdadeiras intenções de Donald Trump de roubar as riquezas do país que deu origem ao Exército Unido de Libertação da América do Sul e ao nosso Libertador, Simón Bolívar. O povo da Venezuela, em perfeita unidade popular, militar e policial, saberá defender seus direitos históricos e triunfar no caminho da paz.
O Sr. Donald Trump usa, textualmente, a seguinte expressão intervencionista e colonialista: “até que todo o petróleo, terras e outros bens que nos foram roubados sejam devolvidos aos Estados Unidos”. Sua verdadeira intenção, denunciada pela Venezuela e pelo povo dos Estados Unidos em grandes manifestações, sempre foi a de se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais do país por meio de campanhas massivas de mentiras e manipulação.
A Venezuela jamais será colônia de qualquer império ou potência estrangeira e continuará trilhando, junto com seu povo, o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania.
O povo venezuelano, em perfeita unidade popular, militar e policial, permanece firme na proteção irrestrita de seu território, suas riquezas e sua liberdade. Com nosso Libertador, dizemos: “Afortunadamente, já foi visto um punhado de homens livres derrotar impérios poderosos.”
Trump determina bloqueio aéreo e naval na Venezuela
Donald Trump voltou a subir o tom contra Nicolás Maduro, e ordenou um bloqueio aéreo e naval contra a Venezuela. Segundo comunicado do presidente norte-americano divulgado na noite dessa terça-feira (16/12), todo os navios sancionados pelos Estados Unidos, que entrem ou saiam do território venezuelano transportando petróleo, estão bloqueados.
Na mensagem, divulgada na rede social Truth, o líder norte-americano acusou o governo chavista de roubar ativos dos EUA, como petróleo, além de de utilizar o setor petrolífero do país para financiar” a si mesmo”, o “terrorismo de drogas” e o “tráfico humano”. Por isso, Trump afirmou que a medida deve durar “até Maduro sair [do poder]”.
“A América não permitirá que Criminosos Terroristas ou outros Países, roubem, ameacem ou prejudiquem a nossa Nação e, da mesma forma, não permitirá que um Regime Hostil tome o nosso Petróleo, Terra ou quaisquer outros Ativos, todos os quais devem ser devolvidos aos Estados Unidos, IMEDIATAMENTE”, escreveu Trump, sem dar provas de possíveis roubos cometidos pela Venezuela contra os EUA.
A nova decisão de Trump se soma a outro bloqueio unilateral dos EUA contra a Venezuela. No fim de novembro, o presidente norte-americano anunciou o fechamento do espaço aéreo do país liderado por Maduro, em meio a escalada militar na América Latina e Caribe.
Atualmente, os EUA realizam a operação Lança do Sul na região, cujo objetivo declarado é combater o tráfico de drogas. Até o momento, cerca de 26 barcos já foram atacados em águas do Caribe e do Oceano Pacífico, por supostamente transportarem entorpecentes para o solo norte-americano.
Maduro, por sua vez, é o principal alvo das ameaças vindas de Washington. Contestado internacionalmente, o herdeiro político de Hugo Chávez é apontado como . O mesmo grupo foi classificado, recentemente, como organização terrorista internacional pelos EUA.