O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, deixou seu cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na Prefeitura Municipal de São José (SC), na Grande Florianópolis. A saída foi oficializada nesta 3ª feira (16.dez.2025) por decreto assinado pelo prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD). O documento registra que a exoneração se deu a pedido do próprio servidor. Eis a íntegra (PDF – 207 kB).
O pedido de desligamento ocorreu logo depois de o STF (Supremo Tribunal Federa) ter concluído o julgamento que resultou na condenação de Vasques por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. O ex-diretor-geral da PRF foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão, além do pagamento de 120 dias-multa, pela 1ª Turma da Corte, que analisou o chamado núcleo 2 da articulação.
A acusação da PGR sustentou que Silvinei e os outros réus do núcleo 2 utilizaram a máquina pública e atuaram de forma coordenada para dar sustentação institucional e operacional ao plano golpista. Entre as condutas atribuídas ao grupo está o planejamento de atos violentos e iniciativas para interferir no processo eleitoral.
Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam o relator Alexandre de Moraes na condenação de outros réus, como o ex-assessor Filipe Martins e o general da reserva Mário Fernandes, que recebeu a pena mais alta (26 anos e 6 meses).
Leia as penas aplicadas a cada réu:
A passagem de Silvinei Vasques pela administração municipal de São José teve curta duração, de aproximadamente 1 ano. Ele assumiu o cargo em dezembro de 2024, 2 anos depois de ter sido exonerado do comando da PRF, em dezembro de 2022.
A nomeação para a prefeitura de São José foi justificada como uma contratação técnica. No entanto, o histórico de investigações e a condenação pelo STF tornaram sua gestão na área econômica da prefeitura objeto de constante atenção.
