Conheça os maiores vendedores de touros taurinos do Brasil em 2025O Fundamento: Por que a Genética é o Motor do Lucro? Antes de mergulhar nos passos, é crucial entender um conceito: a genética define o potencial produtivo do animal. Um bezerro com genética inferior para ganho de peso, mesmo com o melhor pasto, nunca superará um animal geneticamente superior nas mesmas condições. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A genética é o “teto” do que o animal pode alcançar. O manejo, a nutrição e a sanidade são os fatores que permitem que ele atinja esse teto. Investir em genética é, portanto, elevar o potencial máximo de lucro da fazenda. A evolução genética de um rebanho se baseia em duas ações simples:
Passo a passo para escolher animais mais produtivos e evoluir a base genética do rebanho
A eficiência não aparece a olho nu. Entenda por que animais que comem menos e ganham o mesmo peso são a chave da lucratividade e como a tecnologia e os sumários genéticos separam quem produz com margem de quem apenas engorda boi.
A eficiência não aparece a olho nu. Entenda por que animais que comem menos e ganham o mesmo peso são a chave da lucratividade e como a tecnologia e os sumários genéticos separam quem produz com margem de quem apenas engorda boi. Na pecuária moderna, seja ela de corte ou de leite, a rentabilidade não é mais uma questão de sorte ou de “olhômetro”. Ela é o resultado direto da eficiência. O produtor rural que busca sustentabilidade e lucro precisa produzir mais, em menos tempo e com menor custo. A ferramenta mais poderosa para alcançar esse objetivo é o melhoramento genético. Construir um rebanho superior não acontece da noite para o dia, mas é um processo sistemático. Este guia detalha o passo a passo essencial para identificar e selecionar os animais que realmente farão a diferença na sua propriedade, evoluindo a base genética e, consequentemente, o seu faturamento. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Selecionar os melhores para serem os pais da próxima geração. Descartar os piores, que não atingem as metas de produção. Veja como fazer isso na prática. Passo 1: Defina Seus Objetivos O primeiro erro no melhoramento genético é tentar selecionar “para tudo”. Um animal “perfeito” em todas as características não existe. O produtor deve ser específico. Responda com clareza: O que dá dinheiro na sua fazenda?
Pecuária de Corte: É o peso ao desmame? É a precocidade sexual das fêmeas (emprenhando mais cedo)? É o acabamento de carcaça que o frigorífico bonifica? É a facilidade de parto para reduzir mortalidade? Pecuária de Leite: É o volume total de litros? É a qualidade (teor de gordura e proteína)? É a longevidade da vaca no rebanho? É a resistência a mastite ou carrapatos? Ação Prática: Liste, em ordem de importância, as 3 a 5 características que mais impactam seu faturamento. Esse será o seu “norte” para toda seleção. Passo 2: A “Radiografia” do Rebanho Você não pode melhorar o que você não mede. Antes de comprar touros ou sêmen, você precisa saber qual é o seu ponto de partida. A coleta de dados é a base de qualquer programa de seleção. Coleta de dados (Zootecnia): Pese os animais em idades-padrão (nascimento, desmame, sobreano). Controle Reprodutivo: Anote quais vacas emprenharam, quais falharam, quais pariram e quais precisaram de ajuda no parto. Software ou Planilha: Utilize um sistema (mesmo que uma planilha simples) para organizar essas informações. Sem dados, você está selecionando no escuro. Com dados, você identifica objetivamente quais são suas melhores e piores matrizes e quais touros estão produzindo os melhores filhos. Passo 3: Entenda as Ferramentas Aqui é onde o “olhômetro” (avaliação visual) perde espaço para a ciência. A avaliação visual é importante para aprumos, umbigo e conformação, mas ela não diz nada sobre a genética de produção.
A principal ferramenta: DEP (Diferença Esperada na Progênie) A DEP é a melhor estimativa do mérito genético de um animal. Ela prevê o desempenho dos filhos de um touro em comparação com a média da raça. Exemplo: Um Touro A tem DEP de +30kg para peso ao desmame. O Touro B tem DEP de +10kg. Isso significa que, em média, os filhos do Touro A pesarão 20kg a mais na desmama que os filhos do Touro B, se usados no mesmo rebanho. A Revolução: Genômica A genômica (análise de DNA) tornou as DEPs ainda mais precisas, especialmente em animais jovens. Ao invés de esperar um touro ter dezenas de filhos no campo para provar seu valor, um teste de DNA já fornece uma DEP com alta acurácia (confiabilidade).
Ação Prática: Ao comprar um touro ou sêmen, exija o sumário de DEPs. Compare as DEPs com os seus objetivos (definidos no Passo 1). Passo 4: A Seleção Estratégica dos Touros O touro (ou o sêmen, via Inseminação Artificial – IA) é responsável por 50% da genética da próxima geração. Porém, como um touro gera dezenas de filhos por ano, seu impacto genético é muito mais rápido e amplo que o de uma única vaca.
Como escolher o touro certo: Foco nos Objetivos: Se seu problema é baixo peso ao desmame (Passo 1), procure touros com DEPs altas para essa característica. Use os Índices: Muitos programas de melhoramento criam “índices” (como o iABCZ ou índices específicos de cada raça) que combinam várias DEPs importantes em um único número, facilitando a escolha. Cuidado com o “Extremo”: Não escolha apenas a maior DEP para uma única característica. Um touro com DEP de peso ao nascer (PN) muito alta pode causar partos difíceis (distocia). O melhoramento busca equilíbrio. Passo 5: A Seleção das Fêmeas Enquanto os touros trazem o “salto” genético, as fêmeas determinam a base e a consistência do rebanho. A seleção de matrizes (vacas) e novilhas de reposição é um trabalho de paciência. Como selecionar fêmeas: Critério Reprodutivo (O Principal): A principal função da vaca é parir um bezerro por ano (ou por estação de monta). Vaca que falha a prenhez (vaca “vazia”) deve ser o primeiro critério de descarte. Ela custa (come pasto) e não produz. Precocidade: Selecione as novilhas que emprenham mais cedo na estação de monta. Isso indica alta fertilidade e reduz o tempo para o retorno do investimento. Habilidade Materna: Identifique as vacas que desmamam os bezerros mais pesados (usando os dados do Passo 2). Elas têm melhor habilidade materna (produção de leite e cuidado com a cria). Descarte por Problemas: Descarte fêmeas com problemas de temperamento, defeitos de aprumos ou úbere, ou que necessitam de ajuda recorrente no parto. Passo 6: O Acasalamento Dirigido Este é um passo avançado. Você já selecionou os melhores touros e as melhores fêmeas. Agora, você decide qual touro vai para qual vaca. O objetivo é a complementaridade. Você tem uma vaca excelente em habilidade materna, mas que deixa a desejar em musculatura? Use nela um touro com DEPs altas para carcaça. Você tem uma novilha (fêmea jovem) parindo pela primeira vez? Use nela um touro com DEP negativa ou baixa para Peso ao Nascer (PN), garantindo facilidade de parto. A IA e a IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) são ferramentas que dão ao produtor controle total sobre o acasalamento dirigido. Passo 7: O Ciclo Contínuo O melhoramento genético nunca termina. A cada ano, o “piso” de qualidade do seu rebanho deve subir. Avalie a Safra: Os bezerros nascidos este ano (filhos dos touros selecionados no Passo 4) estão melhores que os do ano passado? (Use os dados do Passo 2 para comparar). Seja Rigoroso no Descarte: A evolução do rebanho é definida tanto pelos animais que você mantém quanto pelos que você remove. Vender os 10% ou 15% piores animais (improdutivos, de baixo desempenho) “puxa” a média genética do rebanho para cima rapidamente. Caixa de Destaque: Genética x Ambiente De nada adianta comprar o sêmen do touro número 1 do sumário se o manejo da fazenda for deficiente. A genética de ponta exige um ambiente de qualidade. Nutrição: Pasto de qualidade, suplementação mineral correta e estratégia para a seca. Sanidade: Controle de verminoses e parasitas (carrapatos, mosca-do-chifre) e calendário de vacinação em dia. Manejo: Respeito ao bem-estar animal, água limpa e espaço adequado. A genética dá o potencial; o manejo permite que esse potencial seja expresso. Investir nos dois simultaneamente é o que maximiza o lucro. O Futuro é Eficiente Evoluir a base genética do rebanho é o investimento mais seguro e de maior retorno a longo prazo na pecuária. O produtor que hoje trata sua fazenda como uma empresa precisa enxergar a genética como sua principal aliada estratégica. Ao definir metas claras, medir o desempenho, usar as ferramentas científicas (DEPs e genômica) e ser criterioso na seleção e no descarte, o resultado é inevitável: um rebanho mais produtivo, mais adaptado, mais eficiente e, o mais importante, muito mais lucrativo. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS: Agricultura de Precisão contribui no equilíbrio da volatilidade nos preços Conheça os maiores vendedores de touros taurinos do Brasil em 2025 ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Por: Redação





