• Sábado, 1 de novembro de 2025

Direita lidera repercussão nas redes sobre operação no Rio, diz Bites

Levantamento mostra que entre as 100 mensagens com mais interações no X, 40 foram da direita, 32 da esquerda ou críticos da direita.

Um levantamento da Bites mostra que congressistas de direita lideraram a repercussão nas redes sociais sobre a megaoperação deflagrada na 3ª feira (28.out.2025) nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Entre as 100 publicações com mais interações no X (ex-Twitter), Facebook e Instagram, 40 foram da direita, 32 da esquerda ou críticos da direita e 28 neutras, totalizando 50,1 milhões de interações.

Segundo a 118ª edição da newsletter “bites trends”, críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceram com frequência nas redes, com mensagens apontando supostas falhas no combate ao crime e sugerindo que a esquerda seria “defensora de traficantes”. Apesar de a esquerda e grupos críticos à polícia também terem se manifestado, o engajamento de políticos progressistas foi menor do que o de militantes e movimentos sociais.

Os políticos mais citados foram Lula e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL). O petista apareceu em 463 mil posts, com 5,42 milhões de interações, em sua maioria com críticas ao governo. Já Castro teve 973 mil menções e 10,4 milhões de interações, sendo o principal alvo da esquerda.

O diretor-técnico da Bites, André Elder, disse que “houve uma comoção grande” em torno da megaoperação. “A direita apostou em uma defesa da polícia, mais do que ao governo Castro. Já a esquerda mostrou dificuldade em ressoar o discurso sobre segurança nas redes”, afirmou.

No Congresso, a repercussão nas redes também foi marcada pela polarização. Entre deputados, a operação gerou 1.612 menções por 306 congressistas, totalizando 11,1 milhões de interações. Entre senadores, 311 menções de 59 congressistas somaram 1,8 milhão de engajamentos. No PL, o deputado Nikolas Ferreira e os senadores Flávio Bolsonaro e Cleitinho Azevedo se destacaram na defesa da polícia.

Já entre PT e Psol, os posts que lamentavam a operação ou defendiam o governo tiveram menor alcance: 519 publicações geraram 1,7 milhão de interações, concentrando 1 milhão em mensagens ligadas ao governo. No Senado, 57 posts de 7 senadores petistas tiveram 47 mil interações, enquanto 105 posts de 11 senadores do PL alcançaram 1,3 milhão.

“Os números evidenciam que a discussão sobre a megaoperação no Rio foi marcada pela polarização política, com a direita dominando a repercussão digital e perfis progressistas enfrentando resistência ao questionar os procedimentos e limites legais da operação”, diz o relatório.

Por: Poder360

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