• Terça-feira, 12 de agosto de 2025

Passo a passo para controlar pragas e doenças na lavoura sem desperdício

Controlar pragas e doenças na lavoura de forma eficiente pode evitar prejuízos de até 30% na produção agrícola

Controlar pragas e doenças na lavoura de forma eficiente pode evitar prejuízos de até 30% na produção agrícola Em toda lavoura, pragas como insetos, fungos e outros organismos nocivos podem causar prejuízos expressivos, comprometendo a produtividade e a rentabilidade do produtor rural. Estima-se que, globalmente, as perdas causadas por pragas e doenças alcancem até 30% da produção agrícola, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Controlar pragas e doenças na lavoura de forma eficiente pode evitar prejuízos. Diante desse cenário, controlar pragas e doenças na lavoura de forma eficiente é vital não apenas para garantir colheitas mais produtivas, mas também para minimizar os impactos ambientais e econômicos do uso excessivo de defensivos agrícolas. Este artigo apresenta um passo a passo para um manejo integrado e consciente, capaz de proteger a lavoura sem desperdícios, valorizando a sustentabilidade e a saúde do produtor.
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    O primeiro passo para o controle assertivo Antes de qualquer intervenção, identificar corretamente a praga ou doença é fundamental. A análise visual detalhada da planta, a coleta de amostras para exames laboratoriais e o uso de armadilhas específicas permitem compreender qual organismo está afetando a cultura. Hoje, tecnologias como drones equipados com câmeras multiespectrais e aplicativos móveis auxiliam no monitoramento remoto, detectando sintomas precoces que escapam ao olho humano. Essa precisão evita tratamentos desnecessários, economizando insumos e reduzindo o impacto ambiental. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Monitoramento contínuo: prevenção e antecipação dos problemas O monitoramento regular é a base para o manejo eficiente. Um plano estruturado, com visitas periódicas à lavoura, permite acompanhar a evolução das populações de pragas e identificar o momento exato para agir. A periodicidade pode variar conforme a cultura e a fase de desenvolvimento, mas o ideal é que seja constante. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que lavouras que adotam monitoramento integrado conseguem reduzir o uso de defensivos em até 25%, mantendo a produtividade. Escolha da estratégia de controle adequada O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a estratégia mais eficiente para controlar pragas de forma sustentável. Ele combina métodos culturais (como rotação de culturas), biológicos (uso de inimigos naturais), mecânicos e químicos, priorizando o uso racional dos defensivos agrícolas. Variar os princípios ativos e aplicar somente quando necessário evita o desenvolvimento de resistência nos organismos-alvo, que tem se tornado um problema crescente. Estudos mostram que o uso contínuo de um mesmo defensivo pode levar à perda de eficácia em até 3 anos, elevando custos e riscos. Aplicação eficiente : técnicas para minimizar desperdícios Um dos maiores desafios no controle químico é garantir que o defensivo atinja o alvo sem perdas por deriva ou evaporação. A agricultura de precisão surge como aliada importante, com equipamentos modernos dotados de sistemas de telemetria que ajustam a dose de produto conforme dados climáticos e da lavoura. Essa tecnologia pode reduzir em até 15% o consumo de defensivos, segundo pesquisa da Embrapa. A correta calibração dos pulverizadores, escolha de bicos adequados e aplicação em horários com baixa velocidade do vento são práticas essenciais para aumentar a eficiência e reduzir desperdícios. Monitoramento pós-aplicação e avaliação dos resultados Após a aplicação, é imprescindível acompanhar a resposta da lavoura. Inspeções para verificar a redução da praga e avaliar eventuais danos permitem ajustar as próximas intervenções, evitando aplicações desnecessárias. Além disso, o monitoramento contínuo ajuda a detectar o surgimento de resistência, permitindo mudanças rápidas na estratégia. Armazenamento e descarte correto dos insumos A segurança começa antes da aplicação. Armazenar defensivos agrícolas em local adequado, ventilado e longe de fontes de calor evita contaminações e perdas de eficiência dos produtos. O descarte correto de embalagens e resíduos é obrigatório por lei e evita a contaminação do solo e das águas. A logística reversa, prevista na legislação brasileira, garante a destinação adequada, protegendo o meio ambiente e a saúde pública. Métodos alternativos para complementar o controle e reduzir defensivos
  • Controle biológico: O uso de inimigos naturais, como o Baculovírus para lagartas da soja, reduz a necessidade de químicos. Esse método é seguro e não deixa resíduos, promovendo o equilíbrio do ecossistema agrícola.
  • Rotação de culturas: Alternar culturas evita o acúmulo de pragas específicas e melhora a saúde do solo. Essa prática pode aumentar a produtividade em até 20% a longo prazo.
  • Defensivos organominerais: Nutrem as plantas, aumentando sua resistência natural e diminuindo a frequência das aplicações químicas.
  • Feromônios para atração e eliminação: Pesquisas da Embrapa mostram que o uso de armadilhas com feromônios para percevejos pode reduzir em até 40% a infestação, atrasando o uso de defensivos.
  • Controlar pragas e doenças sem desperdício é possível e necessário para a sustentabilidade do agronegócio. O passo a passo apresentado, desde o diagnóstico preciso, monitoramento contínuo, escolha estratégica e aplicação eficiente até o uso de métodos alternativos, garante redução de custos, proteção ambiental e alimentos mais seguros. O futuro do campo depende da adoção de práticas inteligentes e integradas, que valorizem cada investimento e cada gota de defensivo aplicado. Escrito por Compre RuralVEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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