Para ele, trata-se de “uma chacina continuada”, que se repete em diferentes ações policiais. A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), afirmou que a operação demonstra “falta de planejamento” e criticou o modelo de enfrentamento adotado pelo governo estadual.“É a maior chacina do Brasil, superando a do Carandiru”, declarou.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou que a ação foi “a mais letal da história do Rio de Janeiro” e defendeu a aprovação da PEC da Segurança como alternativa para “garantir uma política de segurança com inteligência, cidadania e eficácia”.“O que tem sido feito para enfrentar as organizações criminosas é um banho de sangue. Há décadas a gente enxuga sangue, e as famílias continuam sendo destruídas por um modelo de segurança pública encampado pelo governador Cláudio Castro, que é incompetente e covarde”, disse.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também criticou a atuação do governo estadual.“O governador Cláudio Castro insiste em um modelo falido, que ao invés de privilegiar inteligência e integração, prefere operações de guerra”, diz o parlamentar, que é vice-líder do governo no Congresso Nacional.
Os integrantes da Comissão de Direitos Humanos devem visitar nesta quinta-feira (30) o Complexo do Alemão, o Instituto Médico-Legal (IML), a Defensoria Pública do Rio de Janeiro e a Procuradoria-Geral de Justiça do estado para acompanhar as investigações e ouvir familiares das vítimas.“A política de segurança de Cláudio Castro é a política da chacina. Um governo que transforma medo e morte em palanque eleitoral. O Rio precisa de inteligência e planejamento, não de operações que executam o próprio povo”, afirmou.
Defesas
Parlamentares de partidos de direita defenderam a ação das forças de segurança do Rio. Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), a operação foi necessária para conter a violência e o avanço do crime organizado.O deputado Delegado Caveira (PL-PA) também apoiou a atuação policial e criticou as manifestações contrárias.“Esses criminosos não respeitam a lei, nem a vida. A polícia do Rio fez o que precisava ser feito para garantir a segurança da população de bem”, declarou.
Na mesma linha, o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) disse que a operação foi resultado de “planejamento e coragem”.“É fácil condenar a polícia de dentro do ar-condicionado. Lá na ponta, quem enfrenta o tráfico arrisca a vida todos os dias. Não há chacina, há legítima defesa da sociedade contra o crime”, afirmou.
Já o deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) classificou a chacina de um "teatro espetacular" e disse que jovens da igreja, sem relação com o crime, estão entre os mortos. "Quatro policiais tombaram. Mais de cem pessoas morreram. E o Estado? Continua de braços cruzados, indiferente, tratando a tragédia como manchete. Mas o verdadeiro poder do crime não está na favela, está no dinheiro sujo, lavado em bancos, combustíveis, ouro e negócios milionários", destacou. "O Rio não precisa de encenação. O Rio precisa de estratégia, inteligência e coragem pra enfrentar quem realmente lucra com o caos."“A polícia agiu com base em informações de inteligência. O que não podemos aceitar é que bandidos armados controlem territórios e amedrontem comunidades inteiras.”





