Conheça a maior fazenda de cavalos do mundo, propriedade milenar que possui 10.000 equinosA atração ganhou notoriedade no Steel Pier, em Atlantic City, a partir de 1928, tornando-se um dos principais motivos para turistas visitarem o local. Multidões se reuniam para assistir cavalo e cavaleiro despencarem de alturas vertiginosas. Era comum que cada dupla realizasse de duas a seis apresentações por dia, exigindo grande resistência física — e resultando em lesões frequentes. Apesar da periculosidade, apenas dois óbitos humanos foram documentados, mas os riscos para os animais eram evidentes. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});
Mergulho a cavalo: o espetáculo bizarro que lotava arquibancadas; veja o vídeo
Modalidade que unia espetáculo e perigo se tornou atração de Atlantic City por décadas antes de ser proibida. O mergulho a cavalo movimentou multidões nos Estados Unidos.
Modalidade que unia espetáculo e perigo se tornou atração de Atlantic City por décadas antes de ser proibida. O mergulho a cavalo movimentou multidões nos Estados Unidos. Ao longo da história, esportes e apresentações curiosas surgiram e desapareceram, deixando apenas registros e lembranças. Um dos mais inusitados foi o mergulho a cavalo, uma prática que, apesar de parecer improvável, movimentou multidões nos Estados Unidos e virou símbolo de um período em que a busca por espetáculos radicais superava qualquer preocupação com segurança ou bem-estar animal. Nessa modalidade, um cavalo — montado por um cavaleiro ou amazona — era levado a saltar de uma plataforma de até 18 metros de altura direto em uma piscina. Sem cintos, redes ou proteções, o risco era parte do show. A criação do esporte é atribuída a Frank Carver, um entusiasta do Velho Oeste que viajava pelo país com espetáculos temáticos. Há mais de uma versão para explicar como surgiu a ideia: Versão 1 – Carver teria fugido de um grupo de índios até chegar à beira de um penhasco sobre o Platte River, no Nebraska, e, sem alternativa, pulou com seu cavalo para escapar. Versão 2 – Em uma noite chuvosa, a ponte em que estava cedeu e ele e o animal caíram no rio, sobrevivendo ao salto. Versão 3 – A mais aceita por estudiosos, defendida pela autora Cynthia Braningan, relata que durante um show no Velho Oeste, uma ponte cenográfica quebrou, derrubando os cavalos em um tanque de água. A cena empolgou o público e inspirou Carver a transformar o momento em um espetáculo fixo. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
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Um treino em 1978 em Atlantic city. Foto: Library of Congress Uma das figuras mais marcantes foi Sonora Webster Carver, amazona que, mesmo após perder a visão em um salto, continuou se apresentando por anos. Sua história foi eternizada no filme Mergulho em uma Paixão ( Wild Hearts Can’t Be Broken, 1991), ambientado na Grande Depressão. Com o passar dos anos, grupos defensores dos animais começaram a denunciar a prática, alegando que os cavalos eram forçados a saltar com uso de métodos coercitivos e que o impacto da queda podia causar fraturas e danos internos. A pressão aumentou, e em 1978 o mergulho a cavalo foi oficialmente encerrado. Tentativas de ressuscitar a atração, em 1993 e 2012, fracassaram diante da rejeição popular e das leis de proteção animal cada vez mais rígidas.
Vídeo mostra o mergulho a cavalo Hoje, o mergulho a cavalo sobrevive apenas em registros históricos, livros e filmes. Para alguns, é lembrado como símbolo de coragem e espetáculo; para outros, é um exemplo claro de como, no passado, o entretenimento frequentemente ignorava questões éticas e de segurança. Apesar de sua extinção, a história dessa modalidade continua a despertar curiosidade, seja pelo seu caráter audacioso, seja pelo debate que provoca sobre até onde podemos ir para entreter um público.
Por: Redação