Políticos governistas e de oposição impulsionaram nesta 6ª feira (1º.ago.2025) duas hashtags no X em apoio e crítica ao STF (Supremo Tribunal Federal), respectivamente.
Os termos “Brasil com STF” e “Brasil acima do STF” começaram a circular logo depois dos discursos dos ministros da Corte em resposta às sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes. As declarações foram feitas durante a sessão de abertura do 2º semestre do Judiciário.
Até as 16h, a iniciativa da oposição liderava o engajamento na plataforma, ocupando o 1º lugar entre os assuntos mais comentados, com 190 mil menções. Já a hashtag governista aparecia em 2º lugar, com 167 mil publicações.
Ambas receberam apoio tanto de usuários comuns quanto de políticos de destaque dos 2 lados do espectro político.
Entre os nomes que se manifestaram estão a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que compartilhou a tag pró-STF, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que se posicionou contra a Corte.
“A sessão de abertura do STF foi um grande momento de afirmação da dignidade da Corte e da soberania nacional”, escreveu Gleisi. “Que os traidores entendam: o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições”, afirmou.
Já a deputada da oposição Bia Kicis (PL-DF) compartilhou imagens de repúdio a Moraes com os dizeres “liberdade importa e o mundo está cobrando”.
Veja outras publicações:
Cinco dos 11 ministros do STF não compareceram ao jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada na 5ª feira (31.jul.2025), um dia depois que a maioria dos integrantes da Corte se recusou a assinar uma carta em defesa de Moraes, alvo de sanções dos Estados Unidos.
Participaram do jantar com o presidente os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Roberto Barroso. Os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça não estiveram presentes.
A ausência de quase metade dos ministros no jantar presidencial tornou pública a falta de consenso no Supremo.
Moraes havia solicitado aos colegas um posicionamento coletivo após ser alvo de medidas restritivas pela Lei Magnitsky norte-americana. Segundo apurou o Poder360, mais da metade dos 11 ministros do STF considerou impróprio fazer um documento assinado por todos para contestar uma decisão interna dos Estados Unidos. Essa atitude dos colegas foi uma decepção para Moraes, que esperava ter unanimidade a seu favor.
