Gigante transforma o Vale da Celulose e atrai mais de R$ 90 bilhões em investimentos
Estado de Mato Grosso do Sul se consolida como polo global da celulose, com megaprojetos que prometem transformar a economia e gerar milhares de empregos nos próximos anos; Vale da Celulose dispara com mais de R$ 90 bilhões investidos
Estado de Mato Grosso do Sul se consolida como polo global da celulose, com megaprojetos que prometem transformar a economia e gerar milhares de empregos nos próximos anos; Vale da Celulose dispara com mais de R$ 90 bilhões investidos Mato Grosso do Sul vem se consolidando como o principal polo brasileiro de produção de celulose – o chamado “Vale da Celulose” – graças a uma onda de investimentos bilionários nos últimos cinco anos. Grandes empresas do setor, como Suzano, Eldorado Brasil, Arauco e Bracell, anunciaram ou executaram projetos de fábricas no estado que somam mais de R$ 90 bilhões em investimentos. Essas novas plantas industriais estão elevando drasticamente a capacidade produtiva estadual e impulsionando a economia regional, com geração de milhares de empregos e expansão da base florestal de eucaliptos. Nos últimos anos, quatro megaprojetos de celulose destacam-se no Mato Grosso do Sul, seja pela magnitude do aporte financeiro, pela capacidade de produção ou pelo impacto socioeconômico local. Atualmente, a Suzano é quem lidera o cenário, com a operação do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo, considerado a maior linha única de produção de celulose do mundo. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
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_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});No entanto, os novos empreendimentos anunciados por Arauco, Eldorado Brasil e Bracell prometem elevar ainda mais a disputa, com capacidade produtiva que, em alguns casos, poderá superar a atual liderança da Suzano nos próximos anos. A tabela a seguir resume as principais informações de cada investimento anunciado ou em execução no Vale da Celulose: A tabela a seguir resume as principais informações de cada investimento anunciado ou em execução no Vale da Celulose: Empresa (Projeto)LocalizaçãoInvestimentoCapacidadeStatus (situação)Suzano (Projeto Cerrado)Ribas do Rio PardoR$ 19,3 bilhões2,3–2,55 milhões t/ano (celulose)Concluído (obra 2021–24; operação iniciada em 2024)Eldorado (Vanguarda 2.0)Três LagoasR$ 25 bilhões+2,6 milhões t/ano (celulose)Anunciado (licenças obtidas; obras devem iniciar em 2025)Arauco (Projeto Sucuriú)InocênciaR$ 25 bilhões3,5 milhões t/ano (celulose)Em construção (operação prevista para 2027)Bracell (nova fábrica)Água ClaraR$ 20–25 bilhões2,8 milhões t/ano (celulose)Anunciado (em licenciamento ambiental)Thiago Pereira para o Compre Rural Suzano – Projeto Cerrado (Ribas do Rio Pardo) A Suzano, líder global em celulose de eucalipto, investiu R$ 19,3 bilhões na construção de uma nova fábrica em Ribas do Rio Pardo. Desse total, R$ 14,7 bilhões correspondem à parte industrial e R$ 4,6 bilhões foram destinados às bases florestais, logística e outras iniciativas associadas. Batizado de Projeto Cerrado, o empreendimento foi anunciado em 2021 e tornou-se um dos maiores projetos privados em execução no Brasil, elevando em aproximadamente 20% a capacidade de produção da empresa. A planta iniciou sua operação no primeiro semestre de 2024 e possui a maior linha única de produção de celulose do mundo, com 2,55 milhões de toneladas por ano. Durante as obras, o projeto empregou diretamente mais de 10 mil trabalhadores no pico da construção, e a fábrica em operação gera cerca de 3 mil empregos diretos na região. Este é o segundo investimento da Suzano no estado – a empresa já opera em Três Lagoas –, reforçando a posição de MS como polo industrial do setor. ![Brasil terá uma das maiores fábricas de celulose do mundo com R$ 28 bilhões]()
Foto: Arauco Eldorado Brasil – Expansão Vanguarda 2.0 (Três Lagoas) A Eldorado Brasil anunciou a retomada do plano de expansão para instalar uma segunda linha de produção em sua fábrica de Três Lagoas. O projeto Vanguarda 2.0 prevê R$ 25 bilhões em investimentos, incluindo a construção de uma nova linha industrial de celulose, a expansão das florestas de eucalipto e a implantação de uma ferrovia de 90 km ligando a fábrica até Aparecida do Taboado.
Com a segunda linha, a Eldorado adicionará 2,6 milhões de toneladas por ano à sua produção, atingindo aproximadamente 4,4 milhões t/ano de capacidade total instalada. As obras devem começar em 2025, gerando até 10 mil empregos no pico da construção e cerca de 2 mil empregos permanentes. Arauco – Projeto Sucuriú (Inocência) A multinacional chilena Arauco aprovou seu primeiro empreendimento industrial no Brasil, escolhendo Mato Grosso do Sul para instalar o Projeto Sucuriú – o maior investimento da história da empresa. O projeto consiste na construção de uma fábrica de celulose branqueada em Inocência, com aporte de R$ 25 bilhões. A unidade terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas anuais e operação prevista para o segundo semestre de 2027. As obras já começaram com a fase de terraplanagem, e a construção avançará a partir de 2025. No pico, o empreendimento deverá empregar 14 mil pessoas. ![Bracell - vale da celulose]()
Foto Divulgação/Bracell Bracell – Nova fábrica (Água Clara) A Bracell, controlada pelo grupo asiático RGE, estuda construir uma nova fábrica em Água Clara (MS), com investimento estimado entre R$ 20 e R$ 25 bilhões e capacidade de 2,8 milhões de toneladas por ano.
O projeto está em fase inicial de licenciamento ambiental. Caso seja confirmado, deve gerar cerca de 10 mil empregos durante as obras e 3 mil empregos diretos na operação. Expansão da Celulose e impacto regional A concentração desses investimentos transformou Mato Grosso do Sul no Vale da Celulose, ou seja, um destaque mundial do setor. Até 2017, o estado contava com três grandes linhas de produção, somando cerca de 3,3 milhões de toneladas/ano. Com as novas plantas, a capacidade poderá ultrapassar 10 milhões de toneladas anuais até 2027. Atualmente, o estado já abriga mais de 1,2 milhão de hectares de florestas plantadas de eucalipto, e esse número deve se aproximar de 2 milhões nos próximos anos. Segundo dados do governo, a cadeia de celulose emprega formalmente mais de 15 mil trabalhadores diretos e outros 12 mil indiretos, número que deve crescer fortemente com a conclusão dos projetos. Essa expansão está mudando o perfil econômico de cidades como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Água Clara, que registram crescimento populacional, abertura de novos negócios e melhoria nos indicadores socioeconômicos. O estado ainda se prepara para atrair fábricas de papel e produtos derivados, agregando valor à matéria-prima.
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Por: Redação