Fim da placa solar: Nova regra do Governo Lula pode inviabilizar 80% dos projetos no Brasil
Nova MP altera regras do setor elétrico, reduzindo atratividade da energia solar distribuída - definido como “fim da placa solar” - e ampliando Tarifa Social para consumidores de baixa renda
Nova MP altera regras do setor elétrico, reduzindo atratividade da energia solar distribuída – definido como “fim da placa solar” – e ampliando Tarifa Social para consumidores de baixa renda O governo federal publicou, em 21 de maio de 2025, a Medida Provisória nº 1.300, que altera profundamente o marco legal do setor elétrico. A proposta foi apresentada como uma modernização do sistema, mas acabou sendo apelidada por críticos como o “fim da placa solar”, já que cria uma nova estrutura tarifária que compromete a viabilidade da geração distribuída no país. As mudanças ainda precisam ser analisadas pelo Congresso Nacional, mas já geraram forte reação entre parlamentares, produtores rurais e representantes do setor de energias renováveis.
O que muda na prática e o risco do fim da placa solar De acordo com o texto da MP, a ANEEL poderá impor tarifas multipartes compulsórias, que passam a considerar não apenas o consumo efetivo de energia, mas também os custos associados à disponibilidade da rede. Isso significa que, na prática, o consumidor que gera sua própria energia solar terá uma compensação muito menor do que a vigente. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Atualmente, cada R$ 1,00 injetado na rede pelo sistema solar é compensado integralmente. Com a nova regra, apenas R$ 0,36 seriam compensados, e o consumidor perderia R$ 0,64 a cada R$ 1,00 produzido. Estudos preliminares apontam queda de até 80% na atratividade econômica da energia solar, o que pode paralisar investimentos, gerar demissões e excluir pequenos produtores e famílias da chamada transição energética. Impactos sociais e políticos Em plenário, o deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO) fez duras críticas ao texto. Segundo ele: “A proposta de reforma do setor elétrico que está sendo votada na Câmara pode colocar em risco o futuro da energia solar no Brasil. (…) Não podemos aceitar retrocessos! Energia limpa e renovável é caminho para a independência energética e para um futuro sustentável.”
O parlamentar destacou que milhares de famílias e produtores rurais investiram em sistemas solares acreditando em estabilidade regulatória, e que agora enfrentam barreiras que podem comprometer o retorno desses projetos e, ainda pior, levar ao fim da placa solar.
Uma publicação compartilhada por Lucio Mosquini (@luciomosquini)
A visão do governo Na exposição de motivos, o Ministério de Minas e Energia defendeu a MP como parte de uma “ modernização do setor elétrico brasileiro”, com três pilares principais:
Redução da desigualdade energética, por meio da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica;
Liberdade de escolha do consumidor, permitindo a abertura gradual do mercado livre;
Correção de distorções na alocação de custos, especialmente no rateio dos encargos setoriais.
Segundo o governo, a conta gratuita para famílias inscritas no CadÚnico com consumo de até 80 kWh/mês e a isenção parcial para quem consome até 120 kWh devem beneficiar 115 milhões de brasileiros. O custo será bancado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Abertura do mercado livre de energia Outro ponto central da MP é a abertura gradual do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão. A partir de agosto de 2026, indústrias e comércios poderão escolher seus fornecedores, e em dezembro de 2027, será a vez dos consumidores residenciais. Nessa lógica, as distribuidoras passam a atuar apenas como prestadoras do serviço de entrega da energia contratada. Para evitar apagões ou falhas no atendimento, será criada a figura do Supridor de Última Instância (SUI), responsável por atender consumidores em casos emergenciais.
Tramitação no Congresso A MP nº 1.300/25 já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso para não perder a validade. O texto será analisado por uma comissão mista e, depois, pelos plenários da Câmara e do Senado. Até agora, a sessão do dia 16 de setembro de 2025 foi encerrada sem apreciação da matéria, o que deve postergar ainda mais a definição do futuro da energia solar no país. O debate promete ser acalorado, já que envolve grande pressão de parlamentares, produtores rurais, empresas do setor elétrico e consumidores que investiram em sistemas fotovoltaicos. 📌 Resumo: A Medida Provisória nº 1.300/25 traz benefícios sociais importantes, como energia gratuita para famílias de baixa renda e maior liberdade de escolha para os consumidores. Porém, a criação da tarifa multiparte ameaça inviabilizar a energia solar distribuída no Brasil, levando especialistas e parlamentares a chamarem a medida de “fim da placa solar”. O tema deve ser um dos mais debatidos no Congresso nos próximos meses, especialmente com a proximidade da COP30, quando o Brasil será vitrine mundial para políticas de sustentabilidade.
Por: Redação
Artigos Relacionados:
Tebet elogia o STF por ser “muralha” contra avanços golpistas
há 1 hora
Justiça suspende nomeações de auditores fiscais aprovados no CNU
há 1 hora
Congresso analisará MP que libera R$ 12 bi para dívidas rurais
há 1 hora
Congresso analisará MP que libera R$ 12 bi para dívidas rurais
há 1 hora
Famato reforça diálogo com o Governo de Mato Grosso em defesa dos produtores e do setor produtivo
há 1 hora
Brasil lidera publicação da brochura internacional da OCDE sobre o mamão
há 1 hora
Farsul alerta para insegurança na MP de renegociação das dívidas rurais
há 1 hora
PF prende diretor da ANM em operação contra corrupção na mineração
há 1 hora
Mapa realiza primeira missão de promoção comercial de investimentos no Oriente Médio e em Singapura
há 1 hora
Colheita de café na área da Cooxupé está praticamente concluída
há 1 hora
Brasil e Camarões assinam acordo bilateral para fomentar avanços e sustentabilidade na produção cacaueira
há 1 hora
Mapa suspende outra vacina contra clostridioses após detectar irregularidades
há 1 hora
Agricultura eleva projeção do valor bruto da produção em 2025 para R$ 1,406 tri
há 2 horas
STJ reconhece o alongamento de dívidas como direito do produtor, o fim da hipocrisia bancária
há 2 horas
Queda externa e cambial mantém pressão sobre as cotações do algodão no Brasil
há 2 horas
Rota Bioceânica: Nova ponte entre Brasil e Paraguai ficará pronta em 2026
há 3 horas
Rentabilidade do arroz é a menor em três anos
há 3 horas
Fêmeas bovinas para o abate em MT terão redução de 30% na alíquota do Fethab
há 3 horas
Volume exportado de café inicia safra 25/26 limitado; receita é recorde
há 3 horas
Governo proíbe a venda de azeite da marca Los Nobles
há 4 horas
Perigo à soja: capim pé-de-galinha ameaça produtividade e exige manejo estratégico
há 4 horas
Chuva forte no Sul atrasa trigo, enquanto seca impede plantio da soja no Brasil Central
há 4 horas
O sucesso da colheita de soja começa com o cuidado do solo o ano todo
há 4 horas
Lula edita MP com crédito extraordinário para renegociação das dívidas rurais
há 4 horas
Envios interestaduais de gado de corte disparam em Mato Grosso
há 6 horas
ALERTA: Nova onda de calor deve atingir 10 estados; veja quais e quando começa
há 6 horas
Boi gordo supera R$ 320/@ de forma pontual, mas pressão negativa é geral; veja as cotações
há 6 horas
Justiça absolve Tagliaferro por disparo de arma de fogo
há 10 horas
Caso Evandro: STJ mantém decisão que inocentou acusados
há 13 horas
Justiça defere recuperação judicial de grupo proprietário da Agropecuária Santa Mônica
há 15 horas
Grupo Mira Transportes e Logística pede recuperação judicial após trajetória de 46 anos
há 18 horas
Frete rodoviário cai 0,54% em agosto, mostra IFR
há 19 horas
Nota da Afagro sobre a contratação de temporários
há 19 horas
Imposto Territorial Rural: prazo de declaração vence em 30 de Setembro; Veja as novidades