Boi gordo supera R$ 320/@ de forma pontual, mas pressão negativa é geral; veja as cotações

Mercado do boi gordo segue pressionado, apesar de avanços em algumas praças; exportações aquecidas e melhora no consumo interno são pontos de sustentação dos atuais preços da arroba O mercado físico do boi gordo atravessa um momento de pressão baixista, reflexo da oferta elevada e da menor intensidade do consumo doméstico na segunda quinzena de setembro. Embora em algumas praças a arroba tenha superado R$ 320 de forma pontual, a tendência predominante ainda é de queda nas cotações. De acordo com a Safras & Mercado, a pressão decorre das escalas de abate mais confortáveis, muitas já programadas até o final do mês. Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria, explica que a presença de animais de parceria e contratos a termo ampliou a oferta disponível, colaborando para a perda de força dos preços.

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Como contraponto, ele ressalta o desempenho das exportações em 2025, que seguem firmes e devem caminhar para um recorde histórico em volume e receita. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Cotações do boi gordo por Estado

São Paulo: R$ 305,50/@ (ontem: R$ 306,83)

Goiás: R$ 291,43/@ (ontem: R$ 291,79)

Minas Gerais: R$ 288,24/@ (estável)

Mato Grosso do Sul: R$ 320,55/@ (ontem: R$ 320,82)

Mato Grosso: R$ 299,26/@ (ontem: R$ 300,41)

Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, o boi gordo recuou R$ 2/@, passando para R$ 310/@, mesma desvalorização registrada para vacas (R$ 283/@) e novilhas (R$ 298/@). O chamado “boi-China” ainda encontra suporte na demanda externa, permanecendo em R$ 315/@ no Estado. Diferenciais regionais Enquanto em Estados como Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina houve registros de negócios acima de R$ 320/@, em outras regiões, como Pará, Tocantins, Minas Gerais e Goiás, a pressão negativa foi mais evidente, dificultando o fechamento de contratos. Segundo levantamento da Agrifatto, os frigoríficos exportadores trabalham com escalas de abate médias de 11 dias úteis, sustentadas por contratos a termo e confinamentos próprios, o que dá folga para reduzir a agressividade nas compras. Atacado e consumo interno No mercado atacadista, a carne bovina mostra preços estáveis, mas com viés de queda diante do arrefecimento da demanda. O quarto traseiro está cotado a R$ 24,10/kg, o dianteiro a R$ 18,00/kg e a ponta de agulha a R$ 17,10/kg. Iglesias observa que, apesar de uma recente valorização da carne bovina, o frango ainda é o preferido das famílias de menor renda, pressionando o consumo do boi. Mercado futuro Na B3, os contratos do boi gordo também refletem cautela. O vencimento de dezembro/25 fechou em R$ 323,95/@, com queda de 0,20% frente à sessão anterior. Câmbio O dólar comercial encerrou a terça-feira (16) em R$ 5,2981 para venda, após queda de 0,43%, oscilando entre R$ 5,2917 e R$ 5,3217 ao longo do dia. 👉 Resumo: Embora a arroba do boi gordo tenha ultrapassado os R$ 320 em alguns Estados, o mercado como um todo ainda enfrenta pressão baixista generalizada, puxada pelo consumo interno fraco e pela oferta confortável de animais. As exportações e o “boi-China” seguem como os principais fatores de sustentação de preços.