• Quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Elogiado pela oposição, Fux foi indicado ao STF por Dilma Rousseff

Oposição critica “ministros do PT”; magistrado apontado como “esperança” por bolsonaristas foi uma indicação petista.

O ministro Luiz Fux, indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011, recebeu elogios das defesas e de deputados da oposição por seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado.

Dito como a “esperança” dos bolsonaristas, Fux votou pela nulidade do processo, citando ausência de prerrogativa de foro e cerceamento da defesa.

Enquanto critica os demais ministros por suposta parcialidade, a oposição considera haver respaldo jurídico justamente no voto de um magistrado indicado por uma presidente do PT.

Vale lembrar: quem julga Bolsonaro é a 1ª Turma do STF. O único ministro que não foi indicado por um petista é o relator, Alexandre de Moraes. O mais criticado no processo foi indicado pelo então presidente Michel Temer (MDB) em 2017.

Eis as informações sobre a indicação de Fux:

Eis a composição da 1ª Turma e quem os indicou:

Deputados da oposição afirmam que o julgamento é “injusto” e reforçam que Bolsonaro não tem a quem recorrer. André Fernandes (PL-CE) chegou a dizer que Bolsonaro está sendo avaliado por ministros “indicados pelo PT”.

Assista (58s):

O líder da oposição, Coronel Zucco (PL-RS), chamou Fux de “esperança jurídica” e criticou a condução do julgamento, que classificou como “condenação política”.

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que o voto de Fux “lavou a alma” da defesa.

Já o advogado José Luis Oliveira Lima, que representa o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, afirmou que o voto do ministro Luiz Fux no STF (Supremo Tribunal Federal) foi “assertivo”.

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. O Supremo já ouviu as sustentações orais das defesas de todos os réus. Agora, serão os ministros a votar. Na 3ª feira (9.set), o ministro Flávio Dino acompanhou o ministro Alexandre de Moraes e votou pela condenação de Bolsonaro.

A expectativa é que o processo seja concluído até 6ª feira (12.set), com a discussão sobre a dosimetria das penas.

Além de Bolsonaro, são réus:

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos. Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.

Leia mais sobre o julgamento:

Por: Poder360

Artigos Relacionados: