O apresentador Danilo Gentili afirmou neste domingo (7.dez.2025), em texto publicado no site Não é Imprenssa, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “fechou o seu time” para conseguir se reeleger para um 4º mandato presidencial em 2026. Segundo ele, os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), serão responsáveis por garantir que não haja um candidato capaz de competir com Lula na disputa pelo Planalto.
“Parece que o técnico Lula finalmente fechou o seu time para levantar a taça de novo em 2026 (fora aquelas taças que ele bebe todo dia). A equipe de centroavantes do Lula está completa. E, olha, ele que está acostumado a comprar parlamentares dessa vez não precisou gastar um centavo em contratação: o olheiro dele, Jair Bolsonaro, já fez todo o trabalho de base”, escreveu Gentili.
O texto é publicado após anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência representando Bolsonaro. Para Gentili, o histórico de Flávio e Eduardo fará com que Lula se torne um candidato que não precisará de “esforço” para ser reeleito à presidência da república.
“Com essa dupla de ataque vestindo as camisas 9 e 10 do Lula, o velho pinguço nem precisa treinar: é só entrar em campo, cruzar os braços e esperar os gols contra”, afirmou.
“Não é futebol. É telecatch. Só gente infantilizada ainda acredita na família Bolsonaro”, concluiu.
Em relação a Eduardo, Gentili afirma que a viagem do deputado aos Estados Unidos, em 27 de fevereiro de 2025, com o objetivo de buscar apoio internacional contra a prisão do pai, tem sido mais prejudicial ao bolsonarismo do que benéfica.
A viagem teria resultado mais em desgaste político e econômico, incluindo irritação de setores empresariais e críticas à intervenção de outro país em assuntos internos do Brasil, e contribuiu para fragilizar a imagem da família Bolsonaro.
Em agosto, o TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou que a Câmara dos Deputados investigue os gastos de Eduardo nos EUA.
Gentili afirma que a denúncia contra Flávio Bolsonaro, seu ex-assessor Fabrício Queiroz e outras 15 pessoas, no esquema de rachadinha, faz com que uma candidatura presidencial comece dando vantagem a Lula.
Flávio foi investigado por suposto esquema durante seu mandato como deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), de 2007 e 2018. A acusação apontava que parte dos salários de assessores de seu gabinete era desviada e repassada a ele ou a aliados, com Fabrício Queiroz atuando como operador do esquema.
Em 2021, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a quebra de sigilos bancário e fiscal do senador, enfraquecendo as provas reunidas. Depois, o Tribunal de Justiça do Rio arquivou o processo, decisão que foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal em 2025, após recursos do MP-RJ.





