• Domingo, 7 de dezembro de 2025

Abstenção na 2ª fase do CNU é de 20%, diz Esther Dweck

Ministra diz que índice ficou bem abaixo do registrado na 1ª etapa do concurso.

A ministra do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), Esther Dweck, afirmou que 20% dos inscritos para a 2ª fase do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) 2025, conhecido como “Enem dos Concursos”, não compareceram às provas discursivas realizadas neste domingo (7.dez.2025).

“Das 42.000 pessoas inscritas, não compareceram 8.508 pessoas, mas o número fica muito abaixo em comparação com a abstenção da 1ª fase, que foi de 43%”, disse a ministra em entrevista a jornalistas, durante entrevista a jornalistas na Enap (Escola Nacional de Administração Pública), em Brasília.

Segundo Dweck, a aplicação das provas ocorreu sem intercorrências nas 228 cidades previstas, em todos os Estados e no Distrito Federal. Ela afirmou que a operação foi monitorada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, e que “tudo transcorreu com tranquilidade”.

A ministra avaliou que o CPNU deixou de ser apenas uma inovação administrativa e passou a se consolidar como uma política pública estruturante para recompor a capacidade do Estado. “Quando iniciamos o 3º mandato, encontramos um Estado fragilizado, sem pessoal suficiente e sem instrumentos para executar políticas públicas. O concurso é essencial para essa reconstrução”, afirmou.

Dweck também relacionou a retomada dos concursos à melhora de indicadores sociais. Segundo ela, a confiança no serviço público subiu de 26%, em 2022, para 38% em 2025, em linha com a média da OCDE. A ministra citou ainda a recuperação do emprego, a redução da pobreza e a saída do Brasil do mapa da fome.

Sobre o CPNU 1, a ministra lembrou que todas as 6.640 vagas foram preenchidas, inclusive com chamadas adicionais do cadastro reserva. Somadas as autorizações de novos concursos, o governo federal deve realizar cerca de 22 mil novas contratações até 2026, sem contar universidades e institutos federais.

A 2ª edição do CNU oferece 3.652 vagas, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário. Do total, 2.480 são vagas imediatas e 1.172 para provimento em curto prazo após a homologação dos resultados. As oportunidades estão distribuídas em 32 órgãos federais.

As provas objetivas foram aplicadas em 5 de outubro, e as discursivas neste domingo (7.dez), apenas para candidatos classificados na 1ª etapa.

Na fase discursiva, foram homologadas 20.107 inscrições em vagas reservadas:

Em todos os casos, segundo a ministra, a participação superou os percentuais mínimos previstos no edital.

Esther Dweck destacou que, entre os 42.499 convocados para a prova discursiva, 57,12% são mulheres. Sem a política de equiparação adotada nesta edição, a proporção seria inversa, com maioria masculina.

Ela citou como exemplo o cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa, no bloco 7, em que inicialmente havia predominância de homens. Com a equiparação, o número foi ajustado para 50% de mulheres e 50% de homens. “Mais de 500 mulheres adicionais foram classificadas”, afirmou.

A ministra explicou que a equiparação só é aplicada quando há predominância masculina. Em áreas com maioria feminina, como saúde, a regra não é utilizada.

A ministra encerrou a coletiva agradecendo a atuação conjunta de órgãos como PRF, Polícia Federal, Força Nacional, Ministérios, governos estaduais, FGV, Dataprev e equipes do próprio MGI. “Esse é um trabalho coletivo”, disse.

Por: Poder360

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