• Domingo, 7 de dezembro de 2025

Lula diz que combate ao feminicídio também é tarefa dos homens

Presidente compartilhou vídeo de discurso de Janja em ato contra violência às mulheres, em Brasília.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (7.dez.2025) que o enfrentamento ao feminicídio é uma responsabilidade de toda a sociedade, “especialmente dos homens”. A declaração foi feita em uma publicação em seu perfil no X, ao compartilhar um vídeo da primeira-dama, Janja da Silva, em ato contra a violência de gênero realizado em Brasília.

“O combate ao feminicídio é tarefa de todos nós, especialmente dos homens. Precisamos agir na causa, prevenir novos casos. Conscientizar, denunciar e garantir punição rigorosa para todos os agressores”, escreveu o presidente.

Mais cedo, Janja participou do ato “Levante Mulheres Vivas”, realizado na capital federal. No evento, ela afirmou que o Brasil precisa de uma “legislação mais dura para combater o feminicídio” e defendeu pressão sobre o Judiciário para endurecer as penas contra agressores. “Não é possível um homem matar uma mulher e, uma semana depois, estar na rua para matar outra”, declarou.

Segundo a primeira-dama, embora políticas públicas existam, o problema estaria na aplicação das regras. “Política pública não falta, o que falta é vergonha na cara dos homens”, afirmou. O governo Lula recriou o Ministério das Mulheres, extinto na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como parte da política de enfrentamento à violência de gênero.

Ao mencionar a necessidade de atuação do Judiciário, o público presente no ato passou a pedir a indicação de uma mulher para o STF (Supremo Tribunal Federal). Janja respondeu que o problema estaria “mais embaixo”, em delegacias e fóruns de pequenas cidades. Em novembro, ela chegou a defender uma ministra no Supremo, mas disse que a decisão cabe ao presidente.

Assista à fala de Janja (4min12):

 

O ato em Brasília foi convocado após uma sequência de casos de feminicídio ganhar destaque nacional nas últimas semanas. Além de Brasília, manifestações foram registradas em ao menos 20 Estados. Entre os casos citados está o da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Setor Militar Urbano, em Brasília, na 6ª feira (5.dez).

Estiveram presentes no protesto 6 das 10 ministras do governo Lula: Márcia Lopes (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) também compareceu, mas não discursou.

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Por: Poder360

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