O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que as no Irã nesse sábado (21/6). O caso acontece em meio ao embate entre Irã e Israel. Dias antes, a Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou que
“Apelo veementemente a todos para que evitem qualquer internacionalização adicional do conflito. Quaisquer intervenções militares adicionais podem ter consequências enormes, não apenas para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e a segurança internacionais em geral”, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Trump, no entanto, seguiu adiante com o plano e confirmou o ataque a três das principais instalações nucleares do Irã. O anúncio foi feito por ele pelas redes sociais:
“Concluímos nosso ataque bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de bombas foi lançada na instalação principal, Fordow”, escreveu ele na Truth Social.
Em seguida, durante pronunciamento na Casa Branca, o presidente dos EUA manteve o tom bélico e ameaçou fazer novos ataques, caso o Irã recuse acordos de paz.
“O Irã, o tirano do Oriente Médio, precisa agora fazer a paz. Se não o fizer, os ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis”, disse Trump. “Isso não pode continuar. Ou haverá paz, ou haverá uma tragédia para o Irã, muito maior do que a que testemunhamos nos últimos oito dias. Lembrem-se, ainda há muitos alvos”, acrescentou.
Veja a íntegra da fala de Trump:
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Ataques dos EUA
Fordow, uma das instalações subterrâneas afetadas pelo ataque dos EUA, tem capacidade para operar 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), programa da Organização das Nações Unidas () para assuntos nucleares.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou a ação militar de Donald Trump e agradeceu os ataques norte-americanos contra as instalações nucleares do Irã.
“O presidente Trump e eu costumamos dizer: ‘Paz pela força’. Primeiro vem a força, depois vem a paz. E esta noite, o presidente Trump e os Estados Unidos agiram com muita força”, disse Netanyahu.

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1 de 5 Seguranças caminham pelos escombros da sede da Rede de Notícias da República Islâmica do Irã (IRINN), localizada no complexo da televisão estatal do Irã Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
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2 de 5 Segurança armado passa por um cartaz com um retrato do falecido líder do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
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3 de 5 Policiais israelenses em desarmamento de bombas são vistos trabalhando no local do impacto após um míssil supostamente lançado do Irã atingir a cidade de Bersheba, no sul de Israel Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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4 de 5 A polícia e a defesa civil realizam operações na área após o míssil disparado do Irã que atingiu a cidade de Haifa, no noroeste de Israel Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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5 de 5 Vista aérea dos danos causados por um míssil lançado do Irã Yair Palti/Anadolu via Getty Images
Possíveis retaliações
A TV estatal iraniana divulgou que devido ao ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, os cidadãos americanos no país do Oriente Médio tornaram-se alvos legítimos.
“De agora em diante, todo cidadão americano e todo soldado americano são alvos legítimos. O presidente dos EUA escolheu receber os caixões de 50 mil soldados americanos em Washington”, disse o âncora do Canal 3.
Ainda nesse sábado (21/6), antes da confirmação dos ataques, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que a adesão dos Estados Unidos à guerra seria algo muito “perigoso” e “lamentável”.
A declaração foi feita durante a reunião da Organização de Cooperação Islâmica, em Istambul, na Turquia. “Infelizmente, ouvimos dizer que os EUA podem se juntar a essa agressão; isso seria muito lamentável e acho que seria muito perigoso para todos”, alegou.
Araghchi afirmou que, para que possam retornar à diplomacia, “a agressão deve cessar”. “É óbvio que não posso negociar com os Estados Unidos quando nosso povo está sob bombardeio, com o apoio dos Estados Unidos”, reafirmou Araghchi.